17/08/2019 às 07h06min - Atualizada em 17/08/2019 às 07h06min
O lado politiqueiro, demagogo, preconceituoso e obscuro da lei que proíbe nomeação a cargos públicos no Tocantins
Alberto Rocha - Alberto Rocha
Alberto Rocha- artigo de opinião
Homem que agride mulher é covarde e medroso; mulher que se utiliza da lei Maria da Penha para agredir o sexo masculino também é medrosa e covarde. Os direitos e as responsabilidades são os mesmos, não há meio termo.
A lei recém-aprovada e sancionada, a que veda a nomeação para cargos públicos em comissão de pessoas que foram condenadas pela Lei Maria da Penha é, a meu ver, esquisita, obscura, preconceituosa, demagoga e politiqueira.
É esquisita, pois já há na legislação extravagante a discussão da temática, com possibilidade de munições semelhantes;
É obscura, pois não abre luz para uma possível solução sobre agressão a mulheres.
É preconceituosa, pois somente o homem seria punido pela referida lei. Por que não valer a mesma punição também para mulheres condenadas pela prática do mesmo crime? Mulher também não agride homem? Agride, sim. O problema é que tem um “monte de macho frouxo” que não denuncia com medo de ser ridicularizado, pois “apanhou de mulher”.
Onde está a igualdade de direitos? Homem e mulher não são iguais perante a lei? No Tocantins, não são mais?
É demagoga, pois se percebe um claro interesse em manipular ou agradar a massa feminina, com promessas que muito provavelmente não serão realizadas; não vai passar de discurso ou de uma lei seca sem resultados práticos, pois no Brasil, dificilmente um homem é condenado por agredir mulher. Quando acontece de um homem agredir uma mulher, na maioria das vezes, a própria mulher não denuncia o agressor, por medo e ou por falso amor. E fica por isso mesmo.
É politiqueiro, pois tem cheiro de jogada para a torcida, fazer média com a mulherada com o objetivo de levar algum tipo de benefício, seja ele qual for.
Mulher precisa é de respeito, igualdade, carinho e flores, e não de agressão ou palavras ao vento.
Já o Tocantins precisa é de leis sérias e que funcionem, e não de regras legais que jamais sairão do papel branco e timbrado.