05/08/2019 às 09h12min - Atualizada em 05/08/2019 às 09h12min

Num país de banguelas, deputado federal gasta 157 mil para melhorar sorriso; povo pagou a conta

Alberto Rocha - Alberto Rocha


Alberto Rocha  - artigo de opinião
 
Lá fora, o  Brasil é conhecido pelo futebol e samba. Aqui dentro, somos conhecidos como o país dos banguelas (desdentados),  do jeitinho e das maracutais. Fazemos jus aos nomes. 
 
Não é inveja, apenas revolta. O deputado federal Marco Feliciano não tem do que reclamar da vida ou da boca, ou melhor, dos dentes.  Ele torrou nada mais nada menos que R157 mil reais para consertar os dentes, e a Câmara pagou pelos serviços. A Câmara foi só a pagadora, mas quem desembolsou mesmo todo esse dinheiro foi o povo brasileiro, especialmente a população do Estado que Feliciano representa. 
 
Gastar 157 mil reais com tratamento dentário pode ser até legal dentro do oceano de mordomias dos nobres deputados. Mas  o gesto é, no mínimo,  imoral, se levar em consideração a miséria do e necessidades do povo brasileiro.  Senhor deputado, enquanto o senhor prepara e afina os dentes, o povo abre a boca  banguela  implorando pelo amor de Deus apenas um pedaço de pão para comer.
 
Pelo valor do gasto, 157 mil reais,  pode-se dizer que Feliciano não tem mais do que reclamar, pode escancarar a boca  e sorrir à vontade da paciência do povo sofrido brasileiro que morre com dor no dente, sem condições de fazer uma limpeza decente, tampouco de comprar nem uma chapa dentária para disfarçar os estragos causados pelas cáries.
 
Parabéns deputado federal. Foi para isso mesmo que o povo o elegeu, para  torrar o dinheiro público com o embelezamento da comissão de frente: a boca, que guarda os dentes, que mastigam a comida,  que falta na mesa do povo.
 
 
  
 
 
 
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