27/04/2019 às 11h05min - Atualizada em 27/04/2019 às 11h05min
Supremo exige lagosta, vinho e cachaça enquanto povo não tem nem o que comer
foto de internet Uma licitação do Supremo Tribunal Federal causou revolta entre os brasileiros, especialmente os mais pobres, que não têm nem o que comer.
A suprema corte da justiça brasileira quer comer bem e muito bem, e o cardápio passa bem longe das condições de 90% dos brasileiros: vinho, lagosta e cachaça de qualidade para caipirinha, camarão ao vapor, medalhões de lagosta com molho de manteiga queimada e bacalhau à Gomes de Sá.
Mas o paladar dos ministros quer mais. O edital diz moqueca (capixaba, baiana) e arroz de pato sejam colocados à mesa, salada Waldorf com camarões, pato assado, carré de cordeiro e medalhões de filé; já os
espumantes, é necessário que sejam produzidos pelo "método champenoise e que tenham ganhado ao menos 4 (quatro) premiações internacionais.
Se for o tinto fino seco de uva tipo Cabernet Sauvignon, a safra deve ser igual ou posterior a 2010, maturado em barril de carvalho por período mínimo de 12 (doze) meses". Já a "
caipirinha , feita de limão e cachaça de alta qualidade; destilados, como uísques de malte, de grão ou sua mistura, envelhecidos por 12 (doze), 15 (quinze) ou 18 (dezoito) anos, cachaças envelhecidas em barris de madeira nobre por 1 (um) ou 3 (três) anos, gim, vodca, conhaque envelhecido por no mínimo 2 (dois) anos; vinhos de sobremesa; aperitivos, incluindo coquetéis de bebidas; bebidas digestivas e licores finos".
Não tem problema. O total pelo cardápio é bem baixo, chega a mais de 1 milhão de reais para "prestação de serviços de fornecimento de refeições institucionais".
Agora, quem vai pagar pelo banquete fino dos ministros? É o povo.