09/06/2019 às 13h46min - Atualizada em 09/06/2019 às 13h46min
Cavalgada de Araguaína mostra que ainda falta consciência aos animais racionais
Alberto Rocha - Alberto Rocha
Não sou de ir, mas fui a um dos maiores eventos do segmento do campo, que é a cavalgada de Araguaína, considerada como a maior do mundo. Gostei de algumas coisas, de outras não.
Das coisas que gostei:
a) A cavalgada deste ano pareceu mais organizada, menos bagunça, menos bêbados desenfreados que, montados, costumam jogar os animais em cima do público que assiste ao show de pé e debaixo do sol quente;
b) A participação popular ao longo do trajeto do evento, numa demonstração de que a cavalgada é um dos orgulhos da cidade.
Das coisas que não gostei: a) Não adiantou o aviso de que a lei seria cumprida. Por todo o trajeto, carros de som automotivo abusavam do volume do som; alguns deles em cima da calçada e ninguém para incomodar os donos dos veículos, pelo menos na João de Sousa Lima;
b) o sofrimento dos animais. Uma minoria sem consciência ainda insiste em usar espora e chicote para maltratar os animais, que já sofrem com o forte calor e falta de comida durante a cavalgada;
c) Num evento dessa proporção, com tantos animais racionais e irracionais, é quase impossível não deixar pelas ruas um rastro de sujeira;
d) políticos de fora que só aparecem em Araguaína em época de eleição ou de grandes eventos, dizendo ainda que são da cidade.
A maior cavalgada do mundo mostrou que os animais racionais (os seres humanos) são especialistas em quebrar regras e programados para a desobediência. Enquanto os humanos bebem, curtem, se divertem, os outros animais, os irracionais (boi, cavalo, mula, égua) sofrem com o forte calor, apanham de chicote e ainda levam esporada nos lombos.