02/05/2019 às 15h15min - Atualizada em 02/05/2019 às 15h15min

Xerife dos Estados Unidos se muda para Araguaína e manda recado para o crime

Alberto Rocha - Alberto Rocha



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Alberto Rocha
 
De farda, coturno, estrela no peito, arma moderna na cintura e com equipamento sofisticado de última geração, o xerife Melquisedek Santos sai todos os dias numa viatura potente de 8 cilindros para mais uma tarefa nas conturbadas ruas do Condado de Miami (County Of  Miami-Dade), na Flórida, Estados Unidos. Nos Estados Unidos, a profissão de Xerife lembra a de delegado de polícia aqui no Brasil
 
O Xerife vai logo avisando: “Nosso lema é voltar vivos para nossas famílias todo final de dia”. Esse é o compromisso dele e equipe após combater a criminalidade nos municípios abrangidos pelo Condado de Miami, onde é responsável pela supervisão dos demais Xerifes que atuam na região que atende a várias cidades. “No final de cada dia de batalha, a gente quer receber é o abraço da nossa família e não flores no nosso enterro”, afirmou.
 
Mas o Xerife Santos resolveu dar uma pausa na perigosa atividade policial para resolver questões pessoais. Em busca de tranquilidade, escolheu logo Araguaína para morar, uma das cidades mais violentas do Estado. Questionado se tem medo de andar pelas ruas da cidade devido ao alto índice de violência, ele responde: “fui treinado para não ter medo do crime”,disse.
 
Xerife Santos disse que a violência em Araguaína chegou a um nível desconfortável e que isso preocupa tanto as autoridades quanto a sociedade. Diz ainda que um dos motivos para a escalada da violência na cidade é a fragilidade da lei, afirmando também que nos Estados Unidos dificilmente um crime fica sem solução, e que a pena para quem tira a vida de alguém por lá chega a 40 anos de prisão.
 
“Em Araguaína a criminalidade é exacerbada; além disso, a lei é frágil, não dá nenhuma segurança para o combate ao crime nem protege o policial no campo de batalha, que deve agir dentro da legalidade. Nos Estados Unidos, se o bandido estiver armado, é ameaça. Nesse caso, o policial pode atirar e só depois conversar com os Direitos Humanos”, afirmou o Xerife.
 
Santos, que já está se preparando para realizar uma grande obra social em Araguaína, junto com a igreja da qual ele é pastor,  aproveita para mandar um duro recado: “Quem escolhe o crime deve mudar de vida enquanto é tempo, busque a Deus, pois ainda dá tempo de encontrar a mudança”, avisou o Xerife, que se colocou à disposição das autoridades para ministrar aulas em cursos de formação de policiais civis e militares, caso seja convidado.
 
Melquisedek B. Santos é natural de Paulo Afonso, BA, é pastor batista, bacharel em teologia pelo Seminário Teológico Batista de Recife-PE, mestrado em teologia pelo Seminário Presbiteriano de Austin-Texas (Mackenzie) - EUA, Especialista em policiamento comunitário e Capelão pelo Hospital Austin-Texas. O Xerife já está preparando a igreja da qual é pastor para realizar em Araguaína uma grande obra social. Melquisedeck também é pai do cantor lírico, Pedro Benjamin e de Cynthia e Marla Benjamin, estudantes de ciências da computação, nos Estados Unidos, onde moram.
 
 



 
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