23/05/2019 às 16h06min - Atualizada em 23/05/2019 às 16h06min
“Nelcivan vai sair direto da cadeia para ser governador”, diz jornalista
Alberto Rocha - Alberto Rocha
Casa do cabo Nelcivan, onde ele foi preso Alberto Rocha Prenderam o cabo reformado da polícia militar e pastor, Nelcivan Costa Feitosa. Era tudo o que não poderia acontecer, mas agora é tarde para voltar atrás.
A quem interessa a prisão de uma das personagens mais polêmicas do Tocantins no momento? Ao Comando Geral da Polícia Militar? Ao Governo do Estado? À sociedade? Acho que a ninguém. Com fogo, quanto mais se brinca mais se corre o risco de se queimar.
O ato da prisão pode ter resultado diferente daquele que se pretendia. Se por um lado Nelcivan consegue enfurecer o alto comando militar, por outro, os militares de patente baixa o admiram e são capazes de lutar pela liberdade dele.
Prender Nelcivan na atual conjuntura é, no mínimo, falta de cuidado e também de bom senso. É o que penso. Não vou entrar em detalhes sobre os reais motivos que levaram a justiça a decretar tal prisão de um dos mais ferrenhos críticos de coronéis e de políticos do Tocantins.
Nelcivan, que também havia se autodeclarado governador do Tocantins, vinha conquistando uma legião de seguidores nas redes sociais por todo o Estado e Brasil pelo seu jeito espalhafatoso, cômico e polêmico de expressar suas opiniões, a maioria delas de forma ácida e exagerada, a meu ver. A sua prisão imediatamente repercutiu nas redes sociais; daqui a pouco o assunto vai parar na Onu.
Embora eu não o defenda, nem o julgue ou o condene, visto que os atos que ele praticava eram deles e não meus, posso dizer que a prisão do cabo vai esquentar ainda mais o balde que já ferve na fogueira das vaidades e do corporativismo militar e religioso. Nas redes sociais, o jornalista seguidor e admirador do cabo preso, Antonio Guimarães, disse que Nelcivan “vai sair direto da cadeia para ser governador do Tocantins”, profetiza.
A prisão de Nelcivan é o mesmo que puxar o pino de uma granada que vai explodir, espalhando estilhaços no Tocantins e no País inteiro.