19/01/2024 às 07h00min - Atualizada em 19/01/2024 às 07h00min

Escolas de Palmas e Araguaína têm projetos na semifinal da Feira Brasileira de Ciências


 

Projetos de duas escolas da rede estadual de ensino estão na fase semifinalista da Feira Brasileira de Ciências e Tecnologia (Febrace). Um deles é o projeto “Efeitos positivos do uso de subprodutos de dipteryx Alata (baru) e Hymenaea SP (Jatobá) como fonte alternativa de alimentação”, da equipe do Centro de Ensino Médio Tiradentes, de Palmas.

O outro projeto versa sobre a “Vazão de água destilada: técnicas de aproveitamento e tratamento para irrigação de horta sustentável”, da equipe da Escola de Tempo Integral Jardenir Jorge Frederico, de Araguaína.

O projeto sobre o baru e o jatobá está sendo realizado pelas estudantes Maria Eduarda Rocha Machado e Maressa Eduarda da Silva Santos e a professora orientadora Juliana Girardello Kern, que leciona Biologia.

O projeto sobre Vazão de água destilada foi apresentado pelos alunos Rhuan Pablo Mendes de Sousa e Ashely Estephane de Sousa Viana, pelo professor de Matemática Moisés da Silva Santos e pelo professor de Ciências Leonardo Guimarães da Silva.

Dos projetos inscritos na Febrace, 500 foram selecionados para a semifinal e destes serão escolhidos 200 que irão participar da mostra presencial em São Paulo, no período de 18 a 22 de março.

Os projetos foram apresentados na mostra virtual realizada esta semana, para o Comitê de Avaliação, e foram observados itens como as competências e conhecimentos dos estudantes e a desenvoltura em responder às questões formuladas. Esses encontros virtuais com as bancas de avaliações dos semifinalistas acontecem até o dia 26 de janeiro.

O resultado com a lista dos finalistas está previsto para ser divulgado no próximo dia 30. E a premiação dos melhores projetos da Febrace acontecerá no dia 22 de março.

As lições das ciências

A professora de Biologia, Juliana Girardello, ressaltou o processo de relevância que o projeto foi tomando ao longo do tempo. “Nós ficamos em 1º lugar na Feira de Empreendedorismo, Ciência, Inovação e Tecnologia (Fecit), e foi uma experiência interessante porque as estudantes tiveram uma visibilidade de como é o universo da ciência na prática, sendo avaliados. O projeto também foi apresentado numa feira em Recife, PE. As alunas que se apresentaram na Feira Brasileira de Ciências e Tecnologias ficaram encantadas com o desenvolvimento do trabalho, na trilha de nutrição. Houve interação com outros estudantes. A Febrace está sendo um estímulo, é a primeira vez que estamos participando e estamos animados com os resultados”, explicou Juliana.

A estudante Maressa falou de sua alegria em participar da Febrace. “Foi ótimo falar sobre nosso Estado, sobre as comunidades que dependem também dos subprodutos do baru e do jatobá. Foi uma experiência nova, porém muito enriquecedora. Eu não imaginava que o projeto teria tanta repercussão e tornar o nosso trabalho conhecido é fruto de toda a nossa dedicação”, afirmou.

A prática da ciência na escola

O projeto sobre vazão de água destilada trata de um sistema de irrigação, no qual foi construída uma rede de captação de água dos 40 aparelhos de ar-condicionado da escola e esta é direcionada a uma caixa d’água, que passa por um tratamento e é utilizada para a irrigação da horta escolar.

“O projeto foi importantíssimo no aprendizado interdisciplinar dos alunos de 8º ano do ensino fundamental e ganhou a escola com uma redução no custo de água potável e representou uma experiência gratificante para nós professores”, ressaltou o professor Moisés.

O professor Leonardo falou dos resultados dos projetos para a escola. “Percebemos que os 40 aparelhos de ar-condicionado geram uma média de 350 litros de água diariamente e como esta é uma solução ácida para a plantas, aplicamos conhecimentos de ciências para tratar a água com materiais de fácil acesso e irrigamos as plantas. Outro resultado é que percebemos que no mês seguinte, ao início do projeto, houve uma redução de 35% no talão de água da escola”, contou.

A estudante Ashely, que estudará o 9° ano do ensino fundamental, participar da Febrace adquire uma aprendizagem fundamental para continuar progredindo nos estudos. “Foi uma sensação maravilhosa. Participei de outras feiras de ciências, a Febrace foi uma das que mais me deixou animada. Só em pensar que estou competindo com vários projetos de estudantes brasileiros, fico entusiasmada e orgulhosa de mim mesma, pois o meu esforço e estudos valeram a pena”, comentou.

O projeto já rendeu vários prêmios; ficou em 1º lugar na Feira Científica e Tecnológica do Instituto Federal do Tocantins (IFTO) e o 1º lugar na Expo eletivas da Regional de Araguaína em parceria com Afya ITPAC.

 
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