Artigo de opinião - Alberto Rocha - Jornalista
Em política, besta é quem confia, mas é bom aprender que não se cospe em quem nos ajuda.
O histórico MDB tocantinense mudou de endereço, e agora está nas mãos do deputado federal, Alexandre Guimarães, que era um ilustre desconhecido do eleitorado araguainense, mas conseguiu se eleger nas últimas eleições.
A tomada do MDB teria acontecido secretamente nos bastidores em Brasília, entre o governador do Pará, Helder Barbalho (MDP), homem forte de Lula, e o próprio Guimarães. Só lembrando que o IBGE divulgou o mapa da fome no Brasil e o Pará aparece em primeiro lugar na estatística da fome.
Guimarães recebeu de Lula e de Barbalho luz verde para agir no Tocantins. Com isso, Guimarães já empurrou goela abaixo o próprio irmão, Israel Guimarães, para ser o vice do prefeito Wagner Rodrigues, que concorre à reeleição em Araguaína.
Mas a fome do Guimarães é maior. A tomada do MDB pode levar junto o PT, do Célio Moura, que bate no peito dizendo que é candidato a prefeito de Araguaína. Se isso acontecer, Célio fica a pé na chapada, só olhando o sol sumir no horizonte.
E para comemorar, um grupo do Guimarães está em Brasília feliz da vida. O grupo fez até rima, de má qualidade, sem eira nem beira.
Esquecendo a rima, a aliança de Guimarães com o grupo de Wagner é algo que ninguém sabe no que vai dar. Tiro no pé? rajadas no futuro? Guimarães estaria indo na direção da cruz?
A ida de Guimarães para o MDB mostra três coisas: a) que ele dá as costas para o grupo que o elegeu, b) que ele abraça o grupo que o ignorou na eleição e, c) transformar o Tocantins num puxadinho do Pará?
Lá no sertão a gente diz: toda cobra merece cacete.