A 4ª Semana Municipal de Conscientização dos Direitos da Pessoa com Deficiência começou no domingo, dia 18, com uma missa no Setor Coimbra. A tradicional caminhada, que já está na sétima edição, foi realizada na manhã desta segunda-feira, 19, e a programação de atividades segue até o dia 25.
Alunos e pacientes das instituições especializadas no atendimento a esse público juntaram-se a professores e alunos de escolas públicas municipais e estaduais, servidores municipais e à UMA (Universidade da Maturidade de Araguaína) e fizeram o percurso da Praça das Bandeiras até o Parque Cimba.
O lema da semana deste ano é “Passos que incluem... Barreiras ou preconceito?” e chama a atenção da sociedade para a necessidade de respeito e inclusão das pessoas com deficiências em todas as esferas sociais e de trabalho. A diretora de Articulação dos Conselhos da Secretaria da Assistência Social, Trabalho e Habitação, Maria do Amparo Frasão, ressaltou o compromisso coletivo com a causa.
“O apoio à pessoa com deficiência não é uma responsabilidade apenas do poder público, dos conselhos e demais instituições que trabalham com esse público. É um dever de toda a sociedade cada um de nós tem um pouco de deficiência, por isso é preciso ter esse respeito e empatia”, afirmou a diretora.
O evento é uma realização da Prefeitura de Araguaína, por meio das secretarias da Saúde, da Educação, da Assistência Social em parceria com o CER (Centro Especializado em Reabilitação), ADA (Associação das Pessoas com Deficiência de Araguaína), Hospital do Amor, APAE (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais) e Defensoria Pública do Estado do Tocantins.
Barreiras que precisam ser quebradas
Efigênia Maia é mãe de uma adolescente com Síndrome de Down e fala da falta de apoio em diversas situações.
“De imediato, é preciso reconhecer que essas pessoas têm potencial e são capazes de desempenhar funções em qualquer lugar. Ainda enfrentamos muitas barreiras de aceitar, acreditar e investir em uma pessoa com deficiência. Eu acredito que movimentos como esse dão mais visibilidade para esse público”, contou a mãe.
O diretor da Escola Raio de Luz, da APAE de Araguaína, Valdinilson Fernandes, lembra que muitas vezes o preconceito acontece com as pessoas mais próximas da família. “São muitas barreiras que temos hoje para incluir a pessoa com deficiência na sociedade, o preconceito, o simples fato de não convidar para um aniversário, para um casamento”.
Quem precisa pede oportunidades
Os amigos Jailson da Silva, de 36 anos, e Jader dos Santos, de 40 anos, são atendidos pelo Centro-Dia – serviço especializado de assistência social à pessoa com deficiência de Araguaína. Os dois disseram que têm vontade de trabalhar limpando terrenos e não conseguem uma oportunidade.
“As pessoas têm que respeitar a gente. Eu gosto de capinar, mas as pessoas não dão trabalho para mim”, disse Jader. “Eu respeito todo mundo, então quero respeito também”, pediu Jailson.
Programação
Dia 20 (terça-feira)
9h30 – Audiência Pública na Câmara de Vereadores (Rua das Mangueiras, 1.090, Centro).
Dia 21 (quarta-feira)
8h30 - Palestra “Desafios da pessoa com deficiência na atuação profissional” (auditório da OAB Araguaína - Rua Vinte e Cinco de Dezembro, 310, Centro).
Dia 22 (quinta-feira)
9h – Mesa Redonda “Acessibilidade e Inclusão” (auditório da Aciara, Av. Filadélfia, 3.355, Jardim Filadélfia).
Dia 23 (sexta-feira)
8h – Apresentação teatral e palestra sobre a Fundação Dorina Nowill para Cegos (CER - Rua Tanzânia, Qd. 153, Lt. 05, Lago Azul 4);
14h – Palestra “Barreiras físicas e comunicação” (CER).
Dia 24 (sábado)
21h – Baile “Nos embalos da inclusão” (Tema Anos 80) com Cicinhono (salão social da AABB - Av. C, 102, Jardim Santa Mônica).
Dia 25 (domingo)
16h30 – 2ª Pedalada da Inclusão e exposição de equipamentos de acessibilidade (Via Lago).