20/11/2020 às 12h29min - Atualizada em 20/11/2020 às 12h29min

Dia da Consciência Negra: um chamado à reflexão


Foto: Divulgação
 
No dia 20 de novembro é celebrado o Dia Nacional da Consciência Negra. Em que pese muitos serem contra por acreditarem que a história negra seria reduzida a um único dia ou mês, o fato é que a história negra é ignorada. O dia traz uma reflexão da origem dos negros no mundo e para se ter consciência sobre a própria história. Aprendemos sobre a revolução francesa, guerras mundiais, e tantas outras protagonizadas por pessoas brancas das quais os negros não são incluídos.

Para além do debate de ser contra ou a favor, o dia da consciência negra é uma forma simbólica de fazer as pessoas olharem para essa história e mais do que isso, ver como as questões raciais influenciam no nosso dia-a-dia, gerando privilégios para uns e opressões para outros.

Quando se fala em consciência negra, se fala de uma “entidade” de múltiplas faces, sendo elas: política, identitária, cultural, religiosa e humanitária. Portanto, é uma discussão que é necessária para todos, não apenas para a população negra brasileira ou para os afro-brasileiros, pois ensina uma forma de convivência, de respeito e conhecimento do outro que quase sempre não fez parte da história desse país, o qual é marcado por profundas desigualdades, por injustiças históricas e pela exclusão de boa parte dessa população nos espaços de poder e representação ao longo da sua história.

O objetivo do dia da Consciência Negra é fazer uma reflexão sobre a importância do povo e da cultura africana no Brasil e denunciar as desigualdades sociais, fazendo com que o tema ganhe visibilidade, uma vez que, não é só ter o “Dia” que acabará com o racismo, mas por outro lado, não tem como acabar com esse problema sem falar dele.

O Dia da Consciência Negra é 20 de novembro, no entanto, as reflexões e ações no combate a todo tipo de racismo devem ser diárias.
 
Tarcizio Nunes       
                                                                                                                                        
Graduado em Direito pela Faculdade Católica do Tocantins. Atualmente é advogado. Especialista em Educação, Sociedade e Violência pela Universidade Estadual do Tocantins – Unitins, pós-graduando (lato sensu) em Direito e Processo Constitucional pela Universidade Federal do Tocantins – UFT. Compõe o Grupo de pesquisa em Direitos Humanos, Violência, Estado e Sociedade da Unitins.

 
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