18/11/2021 às 13h40min - Atualizada em 18/11/2021 às 13h40min

Em Lajeado simulação muda rotina e informa moradores sobre pontos de fuga e ações em situação de calamidade


Foto: Divulgação
 
Desde as primeiras horas desta quarta-feira, 17, a rotina dos moradores de Lajeado, cerca de 60km a norte de Palmas, ganhou ares de suspense e ansiedade, com a iminência de as sirenes do sistema de alerta da Usina Hidrelétrica Luís Eduardo Magalhães tocarem anunciando “uma tragédia”. O alarme soou, e uma grande quantidade de pessoas saiu de suas casas, sobretudo às margens do Rio Tocantins, abaixo da barragem, e se acomodou em um Ginásio de Esporte e outros pontos seguros, mapeados pelos organizadores da Operação que leva o nome da cidade, oferecendo informações e atendimentos a todos.

Esta foi uma das formas encontradas para treinar a população e também os integrantes das forças de segurança para um caso de tragédia envolvendo o rompimento das estruturas da Unisa. E não foi só o som da sirene que indicou algo novo na cidade. As ruas ganharam placas indicativas mostrando para onde ir, caso houvesse uma catástrofe de verdade.

Para tanto, o Corpo de Bombeiros Militar, por meio da Defesa Civil Estadual e a Companhia Independente de Busca e Salvamento (CIBS), contou com diversos homens e viaturas, tanto nas ruas quanto na água, mostrando conexão com os demais órgãos, a exemplo do Exército Brasileiro (22º Batalhão de Infantaria), Marinha do Brasil (Capitania/Araguaia Tocantins), Prefeitura de Lajeado, Polícia Militar, Polícia Civil, Instituto Médico Legal, Perícia Técnica e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

Cada um em sua área, pode exercitar a importância de um sistema de emergência em funcionamento correto, rápido e necessário para uma situação de catástrofe.

“Este simulado foi muito importante para nós e para as demais instituições. Foi uma oportunidade para que pudéssemos colocar em prática o planejamento realizado anteriormente e verificar o que deve ser mantido e o que precisa ser corrigido para uma situação real”, destacou o major Nilton Rodrigues, que comandou a ação da parte do Corpo de Bombeiros Militar.

O planejamento das atividades, que vão até esta sexta-feira, 19, ocorreu por quase dois meses. “Percebemos, na prática, o quanto é importante o trabalho integrado entre as diversas instituições responsáveis por prestar o atendimento em uma situação real de desastre de grandes proporções. A soma de esforços resulta em uma resposta rápida e eficiente àqueles pegos de surpresa por uma tragédia”, completou.

Os atendimentos às vítimas feridas, o resgate na água, no mato e em outros pontos da cidade, bem como o cadastro dos impactados e a oferta de assistência às famílias foram testados. Enquanto bombeiros militares e integrantes da Marinha navegavam buscando vítimas, em outra parte da área urbana a Perícia Técnica “identificava mortos” e viaturas atravessavam a cidade levando “as vítimas” para uma unidade de saúde.

“A troca de conhecimentos e experiências entre as instituições também foi um ponto bastante positivo neste treinamento. As Forças de Segurança e a sociedade só têm a ganhar com este tipo de ação e parceiras”, concluiu o major Nilton.
(Secom TO).

 
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