13/09/2021 às 08h06min - Atualizada em 13/09/2021 às 08h06min
13% dos estudantes tocantinenses relatam ter sofrido algum tipo de abuso sexual antes dos 18 anos
Foto: Divulgação Uma pesquisa realizada pelo IBGE com estudantes entre 13 e 17 anos de idade revelou que 13,4%relatam já ter sofrido algum tipo de abuso sexual ao longo da vida. Entre as situações consideradas abuso na pesquisa estão casos em que as vítimas foram tocadas, manipuladas, beijadas ou tiveram partes do corpo expostas contra a vontade.
O levantamento revela ainda que os abusos são bem mais frequentes entre as meninas (17,5%) do que entre os meninos (9%). Na rede privada, houve mais relatos desse tipo de violência (15,9%) do que na rede pública (13,2%). Mesmo com os números elevados, o Tocantins registrou o menor percentual da região norte na proporção de estudantes que relatam algum tipo de abuso.
Principais responsáveis pelos abuso segundo a pesquisa:
30,9% - namorado ou namorada
23,5% - amigo ou amiga
17,1% - desconhecidos
16,7% - outros familiares
15% - outras pessoas
9,1% - pai, mãe ou responsável
Estupros
A pesquisa mostra ainda que 6,2% dos estudantes ouvidos foram obrigados a ter relação sexual contra a vontade antes dos 18 anos. Entre os meninos, o percentual foi de 4,2% e, entre as meninas, de 8,2%.
Para este quesito da pesquisa, os casos foram mais elevados entre os alunos da rede pública (6,3%) do que da rede privada (5,2%).
Principais responsáveis pelos estupros segundo a pesquisa:
Pai, mãe ou responsável - 20,5%
Outra pessoa da família - 23,4%
Namorado ou namorada - 19%
Desconhecido - 18%
Outra pessoa - 15,4%
Amigo - 12,9%
Relações sexuais
O IBGE informou que no Tocantins, 39,4% dos estudantes de 13 a 17 anos informaram já ter tido relação sexual. O número inclui tanto relações consensuais como casos de abuso. Na rede pública, esse percentual foi de 40,4%, mais alto do que os 23,5% registrados na rede privada.
Entre os meninos, quase metade do total (48,3%) relatou ter perdido a virgindade antes dos 18 anos, enquanto entre as meninas o percentual foi de 30,6%. Na primeira relação sexual, 61,4% relataram ter usado camisinha.
Métodos anticoncepcionais
A pesquisa mostrou ainda que a pílula anticoncepcional foi o método contraceptivo mais popular depois da camisinha, sendo utilizado por 49,9% das estudantes. Há dados preocupantes com relação ao uso da pílula do dia seguinte já que 53,9% das meninas entre 13 e 17 anos que já haviam tido relação sexual usaram a pílula pelo menos uma vez na vida. Esse foi o maior percentual registrado no país.
Todos os dados são da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (Pense) e foram coletados em 2019 e divulgados recentemente pelo IBGE. Além de questões sobre sexualidade, o documento traz ainda dados sobre o uso de drogas e álcool pelos adolescentes. (G1 Tocantins).