04/04/2019 às 18h25min - Atualizada em 04/04/2019 às 18h25min
A mansão que dá arrepios
A mansão que dá arrepios
A Casa Branca do Cerrado, que será o abrigo do Governo do Estado, é uma obra faraônica, suntuosa, rica, esplendorosa, desnecessária para esse momento de profunda crise por que passa o Tocantins.
Assim que a imprensa mostrou a retomada da reforma da Mansão, mais conhecida como a Casa Branca do Cerrado e futura morada do governador do Tocantins, a população reagiu e com razão, não pelo tamanho, que é de quatro campos de futebol, mas pelo dinheiro público que será gasto numa obra considerada fora de ordem.
A casa, avaliada em 10 milhões de reais, foi construída ainda em 1998 para ser a morada oficial do governador. De lá para cá, só confusão, prejuízos e abandono. Mas agora o Governo quer concluir a reforma para se mudar para dentro da casa dos horrores. Não sei se isso é uma boa ideia.
Quanto mais a crise se agrava, mais se deveria ter a preocupação e o cuidado com o sentimento machucado do povo. Levar à frente a reforma da Mansão é o mesmo que espetar ferro quente na bunda do povo. Depois será difícil apaziguar a fúria dos enraivecidos.
Tem hora que a melhor saída é recuar. Por isso, ainda dá tempo do governo parar com isso. Pois, mesmo que a reforma termine, o cheiro do ambiente será horrível.
Por enquanto, a obra na Mansão não se trata de uma reforma, mas de uma vergonha.
Alberto Rocha- é jornalista
FOTO É REPRODUÇÃO (TV ANHANGUERA)