30/01/2020 às 09h33min - Atualizada em 30/01/2020 às 09h33min

Mulheres são chicoteadas por transgredirem leis religiosas; uma delas estava em um motel


 
Corpo e rosto ocultos, bengala de vime na mão, uma mulher avança e chicoteia a condenada de joelhos. Ela é a mais nova recruta responsável  de punir as mulheres que não respeitam a sharia, a lei islâmica, em Ace, na Indonésia.
 
A condenada é uma mulher solteira, detida em um quarto de hotel com um homem. Vestida de branco, com a cabeça inclinada para baixo, não se moveu. Apenas suas mãos juntas tremem, sinal de um sofrimento intenso.
 
Em Aceh, onde o véu é obrigatório para mulheres, o adultério, relação sexual fora do casamento ou com uma pessoa do mesmo sexo são punidos. Também, consumo de álcool e jogos de azar são proibidos, assim como o cinema, para evitar comportamentos “não islâmicos”.
 
Em caso de transgressão, são dez golpes para um gesto de afeto em público, 40 por beber álcool, mais de 100 em caso de relacionamento homoafetivo, ou com um menor de idade.
 
Até agora, era comum ver os executores baterem em mulheres nas arquibancadas diante das multidões barulhentas que tiram fotos e vídeos com seus smartphones.  “Sem piedade”, gritam.
 
No ano passado, 43 homens e 42 mulheres foram oficialmente condenados a açoites.  Nos últimos tempos, a atenção é dada aos gestos de afeto em público, ao adultério e ao sexo antes do casamento. A tendência é endurecer.
 
A Anistia Internacional pede regularmente que se abandone o açoitamento. “Bater com uma vara é um castigo desumano e degradante que pode constituir um ato de tortura”, afirmou o diretor-executivo Usman Hamid.
 
 “São necessárias punições mais severas – como apedrejamento, não apenas açoitamento”, diz Saiful Tangkuh, morador local
. (fonte AFP)
 
 
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