03/01/2020 às 08h38min - Atualizada em 03/01/2020 às 08h38min
Mãe tocantinense quer reencontrar filho entregue ainda recém-nascido; menino tem 10 anos e estaria morando em São Paulo
Alberto Rocha - Alberto Rocha
Alberto Rocha
Para Maria da Purificação Neta, a saudade do filho acendeu dores profundas no coração guardadas há mais de 9 anos.
Após sofrer em silêncio todo esse tempo, agora ela resolveu quebrar o silêncio. Ela busca pelo filho, que foi entregue ainda recém-nascido, em Guaraí.
A criança teria sido doada para uma mulher chamada Marinalva, e o esposo, Valdete, com a condição de não ser afastada da verdadeira mãe, acordo que teria sido quebrado logo após a doação.
Neta diz que, na época, teria sido levada pela conversa de “muita gente”, inclusive do advogado de Marinalva. Neta diz que foi convencida a "doar" o menino.
“Eu estava vivendo um dos piores momentos da minha vida, sem o apoio da família. No desespero, eu não tinha nenhuma condição de criar meu filho e fui orientada a dar a criança para uma mulher de São Paulo. Eu dei, mas com a condição de nunca perder o contato nem o endereço da criança, mas me enganaram”, conta Neta, com lágrimas nos olhos.
Neta diz que nunca conversou com o filho, nem sabe o endereço onde se encontra a criança. De vez em quando recebia fotos, mas nem isso agora. “Eu quero saber notícias dele”, diz.
Movida pelo desejo de apenas rever o filho, que hoje está com 10 anos e morando no Estado de São Paulo, Neta pede ajuda e acredita que a imprensa e as redes sociais surgem como uma ponta de esperança para que seu desejo se torne realidade.
“Ela sumiu com a criança, estou abalada, choro muito, não sei onde ele está. Ela me bloqueou nas redes sociais e o advogado dela em Guaraí não quer dar o telefone”, diz Neta, que mora atualmente em Gurupi.
Qualquer informação, pelo telefone (63) 8410-0189
A história
Gustavo nasceu no hospital de Guaraí já cercado de conselheiros tutelares e da própria polícia que acompanhava o caso. No hospital, a mulher teria pedido para ela não amamentar a criança para que não fosse criado nenhum vínculo afetivo.
Marinalva teria levado a criança amparada por uma liminar, após 30 dias ela não compareceu ao juízo, mas a polícia a encontrou em Colinas do Tocantins, onde tem parentes, e a criança foi levada para uma Casa de amparo, onde ficou por quatro meses.
Depois disso a criança foi registrada no nome da verdadeira mãe e levada pela mulher adotiva, que depois registrou a criança em seu nome. De lá para cá, a verdadeira mãe nunca mais teve notícias sobre o paradeiro do filho.
.png)