04/11/2019 às 10h34min - Atualizada em 04/11/2019 às 10h34min
Prefeitura na região central não economiza ao contratar assessoria jurídica por 200 mil
Alberto Rocha - Alberto Rocha
Foto: divulgação Alberto Rocha Um professor com nível superior da rede municipal de educação de Colinas do Tocantins ganha R$ 3.325 pela carga horária de 40 horas semanais para orientar e ensinar a seus alunos, uma tarefa dura e difícil.
Mas, para ganhar bem, nem todo serviço público em Colinas exige 40 horas semanais, como é o caso de uma consultoria jurídica que o prefeito Adriano Rabelo (PRB) contratou para orientar servidores. O valor? Só a bagatela de 200 mil reais.
A empresa contrata para dar consultoria jurídica em um município que já tem um corpo jurídico, é Controlex Auditoria Contábil Ltda, com sede bem longe de Colinas, em Taguatinga, sul do Estado, já na divisa com Goiás.
O gesto da prefeitura não cheirou bem para o Tribunal de Contas do Estado, TCE, que apura denúncia de irregularidade na contratação da empresa. A prefeitura já pagou três parcelas mensais de R$ 25 mil cada, totalizando R$ 75 mil.
Mas parece que o prefeito Adriano Rabelo não está ligando muito para a apuração do TCE. Um dia após os técnicos do Tribunal emitirem um parecer pela não celebração do contrato, mesmo assim o prefeito autorizou o pagamento à empresa de Taguatinga.
Outro fato que desperta a imaginação é que a empresa contratada irá apenas "orientar" uma Comissão formada por servidores da prefeitura. Essa comissão apura a responsabilidade pelo suposto superfaturamento de um contrato de limpeza urbana assinado na própria gestão de Adriano Rabelo.
Mas outro fator curioso é que a Prefeitura já tem um corpo jurídico eficiente e capaz de dar qualquer parecer sobre contratos. O Município gasta por mês com essa assessoria mais de 17 mil reais.
( fonte-AF).