25/05/2024 às 07h13min - Atualizada em 25/05/2024 às 07h13min

Polícia Civil deflagra operação contra organização criminosa especializada em praticar roubos e extorsões no Tocantins

Nas primeiras horas da manhã desta sexta-feira, 24, dezenas de policiais civis saíram às ruas de Palmas, e também dos Distrito de Luzimangues, em Porto Nacional, no sentido de dar cumprimento a nove mandados de busca e apreensão em endereços de pessoas suspeitas de integrar uma organização criminosa especializada na prática de roubos e extorsões, cometidos na região de Paraíso e cidades vizinhas, com a utilização de técnicas de ocultação da movimentação de valores subtraídos das vítimas por meio de plataformas de jogos on-line. 

Comandada pelo delegado-chefe da 6ª Divisão de Combate ao Crime Organizado (6ª Deic) Paraíso do Tocantins, Antônio Onofre Oliveira da Silva Filho, e contando com apoio de policiais civis de diversas outras unidades policiais da PC-TO, a operação resultou na recuperação de nove relógios subtraídos de uma das vítimas, sendo alguns deles avaliados em mais de R$ 5 mil, bem como outros bens que teriam sido adquiridos pelos autores como proveitos das infrações criminosas.  

O crime

Conforme explica o delegado Antônio Onofre, a operação foi deflagrada após a prática de um crime, ocorrido na noite do último dia 14 de fevereiro do corrente ano, quando um casal de empresários de Paraíso foi vítima de um assalto que resultou em um sequestro. 

Conforme apontaram as investigações da 6ª Deic, por volta das 22 horas, o casal foi surpreendido por dois indivíduos mascarados em sua residência, momento em que foram feitos de reféns, sendo amarrados. “No momento do fato, um terceiro elemento chegou à residência para cometer o roubo e, assim, os três homens subtraíram diversos pertences pessoais do imóvel, incluindo joias em ouro e 16 relógios de grife, além da caminhonete das vítimas”, ressaltou a autoridade policial. 

Já na madrugada do dia 15, com o casal em seu poder, os criminosos coagiram os reféns a realizarem transferências bancárias e, em seguida, os levaram para a zona rural da cidade de Barrolândia, onde foram deixados, sendo que os autores tomaram rumo ignorado. A caminhonete foi abandonada alguns quilômetros depois, ainda na zona rural do mesmo município, tendo sido encontrada pelo casal.

Plataforma de jogos on-line 

No decorrer das investigações, a Polícia Civil apurou que as transferências bancárias feitas pelos reféns do roubo foram realizadas em favor de uma plataforma de jogos on-line, com o objetivo de que as quantias fossem sacadas por um terceiro como forma de ocultar a origem e a destinação dos valores, dificultando o rastreio do dinheiro subtraído das vítimas. 

Bens recuperados 

Até o momento, foram recuperados nove relógios pertencentes à vítima, além de bens adquiridos com proveito da infração. Também com base nas investigações sigilosas, os policiais civis conseguiram identificar quem seria o responsável por operar a plataforma de jogos on-line e quem teria sido o indivíduo responsável por realizar o saque dos valores ilicitamente transferidos.

Mandados cumpridos

Ao todo, os policiais civis deram cumprimento a nove mandados de busca e apreensão em Palmas e também no Distrito de Luzimangues, em endereços de suspeitos e pessoas envolvidas com os fatos investigados.

Alta periculosidade e extensa ficha criminal 

O delegado Antônio Onofre destaca que os suspeitos indiciados possuem anotações criminais por roubo a banco, explosão de caixas eletrônicos, latrocínio, extorsão, tráfico de drogas e demais crimes, sendo também investigados por outros roubos e extorsões ocorridas na região. “Como se percebe trata-se de indivíduos de altíssima periculosidade e que possuem uma extensa ficha criminal pela prática de crimes que envolvem grande poder de articulação e são perpetrados, muitas vezes, com o uso de explosivos e armamento de grosso calibre”, apontou. 

Os suspeitos responderão pelos crimes de roubo qualificado por uso de arma de fogo, concurso de pessoas e restrição da liberdade, associação criminosa e lavagem de capitais.

Também participaram da operação, policiais civis da Diretoria de Repressão ao Crime Organizado (Dracco); da 1ª Divisão de Combate ao Crime Organizado (1ª Deic Palmas); 1ª Divisão de Repressão a Narcóticos (1ª Denarc Palmas); 1ª Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (1ª DHPP Palmas); Delegacia de Combate ao Crimes Rurais (Deleagro); Divisão de Combate à Corrupção (Decor); e Divisão Especializada de Repressão a Crimes Contra Ordem Tributária (DRCOT), além de equipes do Grupo de Operações Táticas Especiais (Gote).


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