26/03/2024 às 07h00min - Atualizada em 26/03/2024 às 07h00min

Aleto lança campanha contra a discriminação racial

 

No Dia Internacional Contra a Discriminação Racial, celebrado em 21 de março, a Assembleia Legislativa do Tocantins (Aleto), em parceria com o Instituto Crespas -TO, lança a Campanha “Conscientização”.

Idealizada pela jornalista Maju Cotrim, presidente do Instituto Crespas-TO, a campanha consiste na veiculação vídeos educativos pela TV Assembleia, com mensagens que revelam o preconceito por trás de brincadeiras pejorativas e expressões utilizadas de forma corriqueira e irrefletida por parte da sociedade.

Em alguns vídeos, Cotrim revela que expressões como “Lista negra”, “Da cor do pecado”, “A coisa está preta”, “Negra dos traços finos”, “Pé na cozinha” e “Não sou tuas negas”, dentre outras, são usadas para reforçar estereótipos contra pessoas negras, sempre no sentido de inferiorizá-las.

Em outros vídeos, a jornalista reflete sobre a importância de reconhecer a existência do racismo como fundamental para combatê-lo. “É uma prática comum camuflar o racismo em formas ofensivas de brincadeiras. Normalmente, o próprio racista não admite o seu preconceito, mas age diariamente de forma discriminatória”.

Ainda segundo Maju, os racistas não temem a Justiça porque não enxergam o crime nesse tipo de postura. “O racismo é visto como brincadeira, como “mimimi”, como vitimismo. Então, a falta da seriedade para lidar com o tema, e a negação do racismo, fazem com que, infelizmente, ele continue se perpetuando nas instituições e entranhado na sociedade”, avalia.

Luta por direitos

Instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Dia Internacional Contra a Discriminação Racial celebra a luta e a conquista dos direitos sociais para todas as raças.

A data faz referência ao “Massacre de Shaperville” (21 de março de 1960), que matou 69 pessoas e feriu outras 186 em Joanesburgo, África do Sul. Na ocasião, uma multidão de cerca de 20 mil pessoas protestava pacificamente contra a Lei do Passe, por meio da qual os negros deveriam portar um cartão de identificação com os lugares nos quais poderiam transitar.

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