15/10/2019 às 08h41min - Atualizada em 15/10/2019 às 08h41min

O Brasil tem mais de 50 santos e ganha mais um; mas o País vai continuar mergulhado na crise moral, na miséria e na corrupção

Alberto Rocha - Alberto Rocha

irmã Dulce


Artigo de opinião -Alberto Rocha
 
O Brasil tem mais de 50 santos e acaba de ganhar mais um, o único genuinamente brasileiro: a irmã Dulce, uma baiana, a “protetora dos pobres do Brasil”.
 
Mas é bom lembrar que  santo de casa não faz milagre. A santa Dulce não vai baixar o preço do acarajé, nem do arroz tampouco do feijão.  Também, não vai tirar o Lula da cadeia nem o Bolsonaro do poder. Tudo vai continuar do mesmo jeito.
 
Num País mergulhado em crise ética e moral, parece que o Divino resolveu levantar a tampa do esgoto e só agora  passamos a ver os ratos. O pior é que conhecemos as ratazanas e sabemos os seus nomes e os guetos onde vivem.
 
O Brasil precisa, na prática, é resolver questões como a miséria, as desigualdades e a corrupção, que tomou conta da política, do judiciário  e da própria religião. O Brasil precisa é de reflexão com racionalidade, pois sem reflexão seremos sempre escravos dos poderosos.
 
Que o povo brasileiro se liberte do espírito de manada que aprisiona os inocentes. Que o Brasil se liberte de líderes religiosos e políticos sem escrúpulos, desonestos, os quais tiram da mesa e da boca dos necessitados o que há de mais sagrado para construírem seus impérios com a exploração de fieis e sob o manto de legalidade.
 
Que a canonização da irmã Dulce não passe de manobra do sistema religioso, que aliena  o povo e ofusca o farol da inteligência humana. Que a canonização de uma pessoa que viveu para servir aos outros não seja  apenas  uma jogada de marketing para tentar segurar fieis que batem asas para outros cantos.  Dominus tecum!

 
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