29/09/2019 às 14h28min - Atualizada em 29/09/2019 às 14h28min

O silêncio do Tribunal de Justiça do Tocantins diante de denúncia; sociedade exige resposta

Alberto Rocha - Alberto Rocha


Artigo de opinião- Alberto Rocha
 
É inacreditável. Mais uma vez o Tribunal de Justiça do Tocantins entra na mira de notícias assombrosas e que envergonham o povo do Tocantins, em especial, o poder judiciário, composto de homens e mulheres honrados e honestos.
 
Um desembargador do Tribunal de Justiça do Tocantins teria  ganhado de presente uma caminhonete  'Hilux' do ex-governador Marcelo Miranda, que foi preso pela Polícia Federal. O presente seria para garantir contrato de uma empresa  laranja. A denúncia é da Polícia Federal.
 
A sociedade exige e espera um posicionamento público do Tribunal diante desse caso isolado e escabroso e que dá arrepios, caso seja verdade. Se foi um caso isolado, que o infrator  se considere indigno para o cargo, entregue a toga, saia pelos fundos e pague pelos seus atos, livrando assim a cara e a honra dos demais membros da corte.  Mas, até agora  o órgão não se pronunciou.
 
O suposto silêncio do Tribunal de Justiça do Tocantins irrita e  soa  estranho  aos ouvidos  da sociedade honesta que paga o salário dos desembargadores, com suas devidas vantagens. Há situações em que o silêncio é ouro, mas, nesse caso específico, o silêncio é estarrecedor e constrangedor.
 
O Tribunal não pode permitir que denúncias como esta  estraguem a honra e a história do órgão. Se não houver uma resposta que convença, toda vez que meus olhos se voltarem para o prédio luxuoso do Tribunal vão ver uma camionete Hilux lá dentro.
 
Não há  comunhão entre a denúncia  e o provável silêncio. O órgão tem o dever e a obrigação de esclarecer para a sociedade sobre  a denúncia; o silêncio pode soar como conivência, corporativismo e até mesmo como negligência diante de um caso sério, inescrupuloso e repugnante.
 
O povo quer uma resposta pública, pois o Tribunal de Justiça do Tocantins não é uma casta privilegiada nem vive isolado da sociedade como viveu  Epimênides  na ilha de Creta, 600 anos antes de Cristo. Caso o órgão decida  se isolar no silêncio, que abra mão  também do que é bom, em especial, dos altos salários e das vantagens bancados pelo povo tocantinense.
 
 
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