Editorial
Pesquisa eleitoral é igual a Papai Noel: acredita quem quer.
A primeira pesquisa eleitoral realizada em Araguaína aponta o atual prefeito na frente das intenções de votos.
A consulta, feita pelo instituto Ipex e encomendada pelo SBT/Norte, perguntava: “se a eleição fosse hoje, em quem você votaria para prefeito de Araguaína?”.
Os dados, na modalidade espontânea, são: Wagner Rodrigues, 41,47%, não respondeu 36,70%, Jorge Frederico 13,73%, Marcos Duarte 3%, Alexandre Guimarães 3%, Célio Moura 1% e Elenil da Penha 1%. Já na categoria estimulada, os números são diferentes. Wagner Rodrigues aparece com 49,80%, não respondeu 19,61% e Jorge Frederico 18,27% e pouca alteração para os outros nomes. Ao todo, foram entrevistadas 400 pessoas, mas só 200 responderam às perguntas.
A pesquisa não causou abalo sísmico, mas parece que tem pontos obscuros, especialmente para leigos, como eu. Por que só 200 pessoas responderam às perguntas, se 400 foram entrevistadas? desinteresse do eleitor e descrédito na política? Os números batem com o que vem sendo discutido? Pesquisa feita um ano antes das eleições corresponde ao resultado das urnas?
Pesquisa eleitoral pode apontar o rumo, mas pode também não espelhar a realidade. Quando as pesquisas são verdadeiras, devem receber elogios, porém, quando falsas, merecem o repúdio do eleitor.
Nas últimas eleições para governador no Tocantins, um instituto soltou uma pesquisa dois dias antes das eleições ampla vantagem ao então candidato ao governo, Ronaldo Dimas, contra Wanderlei Barbosa. A diferença era de cerca de 20 pontos para Dimas. Porém, o resultado das urnas foi tão gritante que chegou a dar vergonha. Resultado: Wanderlei ganhou com uma grande diferença de votos. Só para lembrar que Wagner Rodrigues, prefeito de Araguaína e candidato à reeleição, pertence ao mesmo grupo do ex-prefeito Ronaldo Dimas.
Transparência nas pesquisas eleitorais
Pode-se acreditar em pesquisa eleitoral? Qual a metodologia utilizada? Sabe-se que há diferentes métodos de entrevistas, e uma delas é por telefone. Aliás, telefone serve até para aplicar golpes.
Pelo sim, pelo não, o eleitor deve ficar atento daqui para frente, pois, pesquisas falsas (fakes) são uma máquina de desinformação e que só gera confusão na cabeça do eleitor. Então, pé no freio.
Sabe-se que pesquisas falsas são riscos para integridade de eleições limpas, elas podem confundir e trazer mais confusão do que esclarecimentos, além de influenciar alianças políticas, os apoios que uma candidatura pode receber, o engajamento dos apoiadores e o resultado das eleições.
Pesquisa eleitoral é assim: acredita quem quer, contrata quem quer e paga quem quer.