24/09/2019 às 10h53min - Atualizada em 24/09/2019 às 10h53min

Jornalista diz que prefeita Cinthia está à procura de um grupo para chamar de seu em 2020

Dock Junior - Dock Junior

Foto: Montagem Agência Câmara e Prefeitura de Palmas

Jornalista  Dock Junior-Palmas
 
 
Quando se fala em eleição, um dos primeiros itens a serem questionados é a qual grupo político o candidato está vinculado. Para a disputa de 2020 em Palmas, dois grupos estão bem definidos. Wanderlei Barbosa (PHS), vice governador, é o candidato do Palácio Araguaia à Prefeitura da capital. Ele goza do apoio de inúmeros deputados estaduais, cerca de 2/3 deles, 1/2 dos deputados federais e, aproximadamente, 1/3 dos parlamentares municipais. É um forte candidato. Isso é incontestável.
 
O outro grupo é do ex-prefeito pessebista Carlos Amastha. Ele goza do apoio de alguns aliados que conquistou quando administrava a cidade, como também pode alinhavar novas alianças, principalmente com o MDB da deputada federal Dulce Miranda ou o PR do congressista Vicentinho JR. Ambos foram eleitos na chapa de Amastha em 2018 e não será surpresa se a dobradinha se repetir. Caso um deles dispute e ganhe a prefeitura da capital, como já foi dito anteriormente, o vereador Tiago Andrino (PSB), pupilo de Amastha, tornar-se-ia deputado federal, visto que ele é suplente de ambos. Se a aliada de Amastha for a deputada Dulce, ela leva para a chapa, de tabela, o senador Eduardo Gomes (MDB).
 
Dois grupos formados, portanto.
 
Mas e a prefeita Cinthia Ribeiro (PSDB)? Qual é o seu grupo? Qual a sua base de sustentação? A gestora não é unanimidade nem no partido ao qual está filiada. A deputada tucana Luana Ribeiro não tem interesse em trabalhar no seu projeto de reeleição e o ex-senador Ataídes Oliveira, presidente da sigla, já disse que Cinthia não tem votos no diretório estadual e nem no metropolitano. Assim, se ela quiser mesmo disputar a reeleição, deverá buscar outro partido.
 
Cinthia também não possui uma base sólida, nem na câmara municipal de Palmas, nem na Assembleia Legislativa e nem tampouco junto à bancada federal. Isso é péssimo. Sem um grupo sólido, sua reeleição pode estar por um fio. Pelos corredores do Paço se ouve: “Está muito cedo para formar grupo!”. Não está não. Aliás, esse grupo já deveria estar formado e agindo.
Refletindo sobre os grupos que restam, após a exclusão do grupo de Carlesse, dos Miranda e dos Alves e, por fim, do grupo de Amastha, restam apenas o retaliado grupo dos partidos de esquerda (PT e correlatos) e o grupo da senadora Kátia Abreu (PDT). A primeira opção é inviável para Cinthia. Ela é neoliberal, direitista declarada e a aliar-se a um grupo de esquerda não faz, definitivamente, seu gênero.
 
Sobrou o reduto dos Abreu. Kátia e Irajá representam dois terços das vagas do Tocantins no Senado Federal. É um grupo forte, não há dúvidas, mas Kátia não costuma fazer acordos para perder. Aliás, dificilmente entra em barcos com chances de naufragar. Cinthia, neste caso, seria obrigada a negociar, oferecer algo em troca do apoio e o “preço” geralmente cobrado por Kátia costuma não ser barato.
 
Pelo que se desenha, pode ser a única alternativa para a prefeita Cinthia Ribeiro. Mas a pergunta que não calar é: será que “elas se suportariam mais de três meses” depois que a atual prefeita fosse, eventualmente, eleita? Custo a crer…

 
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