07/11/2023 às 07h43min - Atualizada em 07/11/2023 às 07h43min

Empresa piauiense estaria recebendo mais de R$ 3 milhões por ano para cuidar do aeroporto de Araguaína


 
A empresa ESAERO AIRPORTS LOGÍSTICA E TRANSPORTE, com sede em Teresina, PI, estaria recebendo a gorda quantia de mais de R$ 280 mil mensais para manutenção e conservação do aeroporto de Araguaína, que só tem 3 voos semanais.   

Por ano, a empresa estaria embolsando a bagatela de mais de R$ 3.360.000,00 (três milhões e trezentos e sessenta mil reais) dos cofre públicos. O valor pago mensal à empresa Esaero não é segredo, está no portal da transparência da Prefeitura. 

Parece pouco? Pode até ser, mas tudo indica que não é uma boa coisa o gasto desse montante em uma época em que a Prefeitura alega não ter dinheiro nem para terminar obras já iniciadas.  

O curioso é que o aeroporto de Araguaína  parece sofrer eternamente com um “apagão” nos voos. Atualmente, o aeroporto só oferece 3 voos por semana, da empresa Passaredo. Apesar da grande movimentação de passageiro em Araguaína, às vezes o voo é cancelado sem justificativa, trazendo desconforto e fuga de passageiros para aeroportos vizinhos, como o de Marabá, PA, ou Imperatriz, MA.  

O contrato da Prefeitura com a Esaero teria sido feito ainda na gestão do ex-prefeito Ronaldo Dimas. 

Preocupados com os altos valores pagos, os vereadores Flávio Cabanhas e Enoque Neto pediram explicação à Prefeitura sobre o contrato do Município com a Esaero. Os parlamentares disseram que ainda não receberam resposta da Prefeitura. 

Cabanhas explicou que, caso a Prefeitura se negue a prestar as informações exigidas dentro do prazo legal, os responsáveis podem cometer crime de responsabilidade. Segundo parlamentar, a Prefeitura teria pedido mais tempo para responder aos questionamentos feitos pelo vereador. 

“Causa espanto o valor pago a esta empresa por serviços que a própria Prefeitura poderia realizar. Se a Prefeitura alega não ter dinheiro para obras, como ela consegue pagar uma quantia desse valor para uma empresa cuidar de um aeroporto que funciona pela metade? Pedimos explicações e eles têm a obrigação de esclarecer tudo, caso contrário, estão cometendo crime de responsabilidade” , garantiu Cabanhas. 

O portal otocantins pediu à Prefeitura que respondesse às perguntas: 

1- Quando foi feito o contrato com a referida empresa? 
2- Quanto a Prefeitura já pagou para a Esaero até hoje? 
3- Quais atividades que  a empresa realiza no aeroporto? 
4- O contrato foi renovado?  por quantas vezes? 
5- Quantos servidores a empresa mantém trabalhando no aeroporto? 
 
Até o fechamento desta matéria, o Município não havia se manifestado. O espaço continua aberto para manifestações posteriores. 
Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Portal O Tocantins Publicidade 1200x90