21/09/2019 às 09h53min - Atualizada em 21/09/2019 às 09h53min

Jovem pega dinheiro da avó, larga emprego, emprega 150 mil reais no Bitcon e perde tudo de uma vez

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O programador Phelippe Galante, 28, de Santos, conheceu o Grupo Bitcoin Banco em maio deste ano. Atraído por promessas de lucro rápido e fácil, deixou o emprego, no qual ganhava R$ 4.500 por mês, e passou a viver de investimento em criptomoedas nas plataformas do grupo, a Negocie Coins e a TemBtc.
 
Pegou R$ 4.000 da avó, R$ 8.000 de um amigo, R$ 10 mil do irmão, e vendeu um carro Honda City ano 2010 por R$ 30 mil. O padrasto dele ainda fez empréstimo de R$ 100 mil em um banco. Ao todo, Galante investiu R$ 152 mil no Bitcoin Banco
 
“Com esse valor aplicado -R$ 152 mil-, no início eu fazia em um dia o valor do meu salário mensal- R$ 4.500. Por isso, não fazia mais sentido continuar trabalhando”, disse.
 
Em cerca de três meses, segundo Galante, os R$ 152 mil se transformaram em R$ 2 milhões, uma valorização de 1.215,8% no período. Por causa desse alto lucro, disse, começou a desconfiar. “ Tentei, então, fazer um saque em julho, mas não consegui. Foi nessa mesma época também que outros investidores começaram a ter problemas semelhantes
 
Desde essa época, os clientes do Bitcoin Banco não conseguem fazer saques nas plataformas do grupo. A empresa alega que foi vítima de um golpe, que gerou perdas de R$ 50 milhões e impediu o pagamento. Há uma investigação sobre o caso na Polícia Civil de Curitiba, PR.
 
Hoje, Galante está sem renda, sendo sustentado pela mãe e pelo padrasto, que ainda tem que pagar R$ 2.600 por mês do empréstimo que fez
O programador disse à reportagem que foi à capital paranaense no começo de julho e fechou um acordo com a empresa. Ficou acertado, disse, que ele pegaria os R$ 2 milhões que havia conseguido e compraria tudo em bitcoins na plataforma do grupo (o que daria 47,2 bitcoins).
 
Para especialista, é loucura investir tudo em bitcoins. “Nunca será seguro investir em criptomoedas, pois o segmento não é regulamentado”, segundo Josilmar Cordenonssi Cia, professor de Finanças da Universidade Presbiteriana Mackenzie
. (fonte UOL).
 
 
 
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