06/09/2019 às 14h31min - Atualizada em 06/09/2019 às 14h31min

Gibi gay com cenas de sexo se esgota em meia hora; prefeito mandou recolher



Bastou o tempo de apenas 29 minutos desde abertura da Bienal do Livro nesta sexta-feira para que o quadrinho "Vingadores - A Cruzada Das Crianças" se esgotasse do evento que está sendo realizado no Riocentro, Rio de Janeiro.
 
O prefeito Marcelo Crivella  mandou recolher o gibi por apresentar cenas de sexo e incompatíveis com o evento. Ele justificou a medida. " O gibi traz conteúdo sexual para menores". "Livros assim precisam estar embalados em plásticos pretos, lacrado e do lado de fora avisando o conteúdo", o prefeito defendeu.
 
"Vingadores - A Cruzada Das Crianças" é a 66ª edição da coleção Graphic Novels Marvel e foi lançada em 2016. Algumas páginas do HQ mostram dois personagens gays  se beijando, entre outras cenas íntimas.
 
Em nota, a direção do evento informou que o evento é democrático.
 
"A Bienal Internacional do Livro Rio, consagrada como o maior evento literário do país, dá voz a todos os públicos, sem distinção, como uma democracia deve ser. Este é um festival plural, onde todos são bem-vindos e estão representados. Inclusive, no próximo fim de semana, a Bienal do Livro terá três painéis para debater a literatura Trans e LGBTQA”, diz a nota.
 
 
Já a prefeitura citou, através de nota nesta manhã, o Estatuto da Criança e do Adolescente para justificar o pedido de Crivella.  Confira a nota na íntegra.
 
"A Prefeitura do Rio notificou, na tarde desta quinta-feira, dia 5, por intermédio da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop), a organização da Bienal do Livro a adequar obras expostas na feira aos artigos 74 a 80 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A legislação determina que publicações com cenas impróprias a crianças e adolescentes sejam comercializadas com lacre (embaladas em plástico ou material semelhante), com a devida advertência de classificação indicativa de seu conteúdo”.

Houve reclamação de frequentadores da feira, que têm direito à livre opinião e opção quanto ao conteúdo de leitura de filhos e adolescentes, pessoas em formação. (odia)




 
 
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