O CIEVS (Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde) de Araguaína já iniciou uma série de medidas, planejamento e estratégias de ação para prevenir e conter eventuais casos da influenza aviária H5N1 nas granjas e criações de aves na cidade. O trabalho está sendo feito em parceria com a ADAPEC (Agência de Defesa Agropecuária), do Governo do Tocantins.
"É importante destacar que o Tocantins ainda não registrou casos. No entanto, estamos tomando medidas preventivas de maneira proativa. Enfatizo que estamos nos preparando e já avançamos em diversas etapas nesse processo", informa Renata Mendes, diretora do CIEVS.
Nesta primeira fase, os órgãos estão capacitando os técnicos de vigilância animal e da saúde humana sobre a doença e seus desdobramentos. Sérgio Liocardio, gerente de sanidade animal da ADAPEC, reforça que o trabalho principal neste momento é evitar a chegada da gripe aviária nos municípios.
“Temos duas frentes de trabalho, uma com produtores de granjas industriais, onde realizamos educação sanitária e reforçamos a biosseguridade, e outra com produtores de subsistência, a quem orientamos sobre a doença e a necessidade de notificação em caso de sintomas em suas aves”, informa o gerente, que ressalta que agência também orienta a população ribeirinha sobre os riscos de transmissão do vírus pelas aves silvestres.
O Plano de Vigilância em Influenza Aviária está sendo elaborado e a rede assistencial do SUS é capacitada para atender casos suspeitos em aves. Em situações de aves doentes ou mortas, a orientação é entrar em contato no 0800 063 1122, da ADAPEC, ou no 0800 642 7300 do CIEVS para mais informações
Ações preventivas
O Diário Oficial do Governo do Tocantins, do último dia 21 de julho, publicou o decreto que estabelece o prazo de 180 dias para medidas de prevenção da Influenza Aviária H5N1 de Alta Patogenicidade (IAAP) no Tocantins, conforme instituído pelo Ministério da Agricultura e Pecuária , em todo o Brasil, no dia 22 de maio. O país já apresentou 67 focos da doença até o momento.
O Tocantins nunca registrou casos da Influenza Aviária, no entanto, diante da detecção da enfermidade em aves silvestres em estados como Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, e aves de subsistência no Espírito Santo, o governo decidiu iniciar o preparo.
A atenção redobrada deve-se ao fato de o estado ser cortado pela rota Brasil Central de aves migratórias, com destaque para os leitos dos rios Araguaia e Tocantins. Nessas áreas, existem sítios catalogados de invernada e reprodução dessas aves, o que aumenta a importância das medidas preventivas contra a influenza aviária.
Saiba mais sobre a doença
A influenza aviária é altamente contagiosa que afeta aves domésticas e silvestres, além de ocasionalmente infectar mamíferos como ratos, gatos, cães, cavalos, suínos e até mesmo humanos.
Nas aves, os principais sinais e sintomas são tremores na cabeça e no corpo, dificuldade de respirar, lentidão, tristeza aparente, penas arrepiadas, falta de resposta à tentativa de apanha, asas caídas, torção de cabeça e pescoço, incoordenação, face inchada, olhos fechados, fezes aquosas descoloridas, andar em círculo e de costas e geralmente com várias aves mortas próximas.
Já no caso da doença em humanos, os sintomas são febre maior ou igual a 38º ou histórico de febre, sintomas respiratórios, como tosse, congestão nasal, coriza, dor de garganta e dificuldades de respirar, sintomas gastrointestinais, como enjoos, vômitos e diarreia, dor de cabeça, dor muscular ou conjuntivite.