O Governo do Tocantins formalizou a liberação de mais R$ 10 milhões por meio da Agência de Fomento do Estado com o objetivo de conceder crédito para a Agricultura Familiar, empresas de pequeno e médio porte, microempresas, microempreendedores individuais e pessoas naturais empreendedoras com atividade produtiva. Com os recursos, espera-se alavancar e estimular a economia regional.
Também foi atendida antiga solicitação do setor agropecuário, resultando no aumento do valor do crédito destinado a agricultura familiar dos atuais R$ 10 mil para até R$ 50 mil. O projeto que autorizou a majoração de valores já passou pelo crivo do Conselho Consultor do Fundo da Agência de Fomento e está pronta para ser operacionalizada.
Para empréstimos de até R$ 10 mil, a carência é de seis meses, o prazo de pagamento de 36 meses e taxa de juros de 6% ao ano, assim como aval garantidor. Já para valores acima de R$ 10 mil até o teto máximo de R$ 50 mil, o prazo é de 60 meses, doze meses de carência e taxa de 6% ao ano, além da apresentação de garantia real, que podem ser os próprios equipamentos adquiridos. Os recursos também podem ser utilizados para custeio e investimento. Para esta modalidade – entre R$ 10 mil e R$ 50 mil – é necessário iniciar o processo por intermédio do Instituto de Desenvolvimento Rural do Estado (Ruraltins), parceiro da Agência de Fomento nesta tarefa.
O governador Wanderlei Barbosa deu sinal verde para a implementação da mudança. Ao ampliar o crédito para esse segmento, a intenção é fortalecer, de forma geral, a produção local de alimentos. Além disso, o objetivo é atender, também, as APL – Arranjos Produtivos Locais, beneficiando também os pequenos produtores rurais, silvicultores, aquicultores e pescadores que, de certa forma, sustentam e abastecem o mercado interno do país.
Segundo a equipe técnica do Ruraltins, se antes os recursos eram aplicados – na sua grande maioria – no plantio e cultivo de hortas, implantação de pequenas granjas ou mesmo laticínios, o aumento do valor financiado vai permitir que os pequenos produtores invistam também na recuperação de pastos, como também, em pastagens rotacionais. Esse sistema basicamente subdivide a pastagem em piquetes e resulta numa melhora na nutrição do rebanho. Ao mesmo tempo, contribui para a renovação da pastagem, mantendo o solo mais conservado e produtivo, gerando desenvolvimento sustentável.
A presidente da Agência, Denise Rocha, falou com entusiasmo sobre a novidade. “Inicialmente a proposta era atender as atividades existenciais no campo e viabilizar sustentabilidade alimentar das famílias, além de assegurar pequenos projetos produtivos que permitissem a estruturação de cadeias básicas e a alimentação dos homens e mulheres no campo. Após o aumento do valor do crédito, o objetivo foi ampliado. A partir desse momento, será estimulado o fortalecimento das cadeias produtivas e os arranjos produtivos locais”, pontuou a gestora.
Logo em seguida, ela concluiu: “Com a alteração dos valores, o Governo do Tocantins apoia – de forma inteligente – os produtores para que promovam a troca de reprodutores e matrizes por animais de alta qualidade, reformem as pastagens com integração de cultivos, além de adquirir equipamentos que reduzam a penosidade de serviço”.
“Acenamos com o aumento dos valores com o intuito de amenizar as dificuldades econômicas enfrentadas pelos pequenos agricultores do Tocantins. Nossa meta é atender o maior número de pessoas possível, incentivando o desenvolvimento econômico das mais diversas regiões do Tocantins”, destacou o governador Wanderlei Barbosa.
Crédito popular para pequenos e médios empreendedores
Já para o denominado “crédito popular”, o prazo estipulado é de até 36 meses, seis meses de carência e taxa de juros de 6% ao ano, além de avalista que garanta a operação.
A preocupação do governo estadual, neste caso, é fomentar a base da cadeia produtiva e acelerar o desenvolvimento no Tocantins, impactado, naturalmente, pelos devastadores efeitos da pandemia do Covid-19.
Estão inclusos nos públicos a serem beneficiados jovens enquadrados no programa “Juventude Empreendedora”, empreendedores informais, como costureiras, pintores, marceneiros, feirantes, etc.
Após os aportes anteriores, restou claro que as concessões de créditos aos pequenos empreendedores foi um sucesso. Por tal razão, o Governo do Tocantins entendeu ser necessário novos investimentos.