05/04/2023 às 07h54min - Atualizada em 05/04/2023 às 07h54min
Presidente de catadores diz que está sendo ameaçado e que os associados vivem como lixo
ELIANE D. ROCHA
O presidente da Associação dos catadores de lixo reciclável de Araguaína, norte do Estado, Vagner Barbosa, usou a Tribuna Livre da Câmara Municipal de Araguaína para pedir ajuda. Segundo ele, os cerca de 40 associados estão vivendo como um lixo. “Trabalhamos todos os dias em condições degradantes, vivemos como um lixo”, disse.
Vagner afirmou ainda que já foi ameaçado duas vezes. De acordo com ele, as ameaças estariam sendo feitas por dois homens, que seriam também presidentes de associações. As supostas ameaças acontecem porque ele, como presidente da Associação, vem orientando os demais catadores a venderem o material recolhido nas ruas diretamente sem a necessidade de intermediários, mais conhecidos como atravessadores.
Para Vagner, o Município de Araguaína é o responsável pela atual situação dos catadores. “A Prefeitura é a culpada, pois fechou os dois galpões de coletas, alegando a entrada de resíduos impróprios no solo”, disse.
Segundo o presidente, a secretaria de meio ambiente do município já sabia do problema, mas que não teria resolvido a situação. “Se a secretaria sabia da situação, por que ela não fiscalizou e ajudou a resolver o problema, fez foi fechar os galpões e apreender as duas prensas?”, questiona Vagner.
Atualmente, a Associação dos catadores de lixo reciclável tem mais de 40 associados e está localizada no setor Céu Azul. Já o serviço de catação do material, como latinhas de cerveja, plástico, litro vazio de refrigerante, papelão, ferro, entre outros, é feito de casa em casa. Todo mês, a associação arrecada mais de 10 toneladas de lixo reciclável, que é vendido no setor Nova Araguaína. Todo o material é levado para Anápolis-GO.
O site otocantins está aberto à Prefeitura para esclarecimentos sobre as denúncias.
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