12/08/2019 às 09h27min - Atualizada em 12/08/2019 às 09h27min

Em Gurupi, Luarez dá tchau; Stival, Josi, Walter, Nato, Adriana, Nauar, Fortes e Torquato, na disputa

Dock Junior - Dock Junior

foto: jornal opção

 
Dock Junior- jornalista 
 
 Muitos consideram que ainda é muito cedo para falar de sucessão municipal, mas a verdade é que, faltando mais de um ano para o pleito, muitas peças já começam a ser mexidas neste tabuleiro. Nas três maiores cidades do Tocantins, uma enorme quantidade de pré-candidatos já se apresentou ou, pelo menos, marcou território. Analisaremos nesta edição o cenário político em Gurupi e, nas semanas subsequentes, Araguaína e Palmas.

Na “capital” da região sul, o atual inquilino do Paço Municipal, Laurez Moreira (PSDB), já foi reeleito em 2016 e está fora da disputa. Nestas circunstâncias, os espaços estão ainda mais abertos. Após a ida do gestor municipal para o ninho tucano, o adversário da eleição de 2016, Walter Júnior, que disputou o pleito exatamente pelo PSDB, filiou-se ao MDB.

Nas eleições de 2018, ele apoiou o deputado estadual Jair Farias (MDB), porém, não demonstrou força: o emedebista obteve apenas 233 votos no município. Muito pouco, ante ao montante de verbas destinadas. Por tal razão, dificilmente o fenômeno de 2016 repetirá o feito. Pelo menos neste momento, é carta fora do baralho.

Já o seu candidato a vice-prefeito em 2016, Gleydson Nato (PHS), está em melhores condições de pleitear a vaga. Em que pese ter ocorrido um pequeno desacerto com o governador Carlesse (DEM), ao final da campanha eleitoral de 2018 – quando deixou de apoiar o candidato do Palácio Araguaia ao senado federal, César Halum (PRB), para militar ao lado do então candidato Irajá Abreu (PSD) – tais arestas parecem terem sido aparadas. É que Nato assumiu a presidência da Junta Comercial do Tocantins a partir de janeiro de 2019 – cargo do primeiro escalão do governo estadual – e só solicitou exoneração em razão da licença para tratamento de saúde do deputado Eduardo Siqueira Campos, do qual é suplente.

Carta na manga

O ex-vereador da cidade assumiu o mandato falando em representar ativamente a região sul do Estado, além de contribuir com a gestão de Carlesse, demonstrando que será um fiel escudeiro do governador no parlamento. Inobstante a isso, o agora deputado estadual não titubeia em exaltar os mais de 6,7 mil votos que obteve, apenas na cidade de Gurupi, nas eleições de 2018. Por fim, ele não se cansa de lembrar, ainda, que foi o segundo vereador mais votado da cidade em 2012. É forte candidato, portanto.
Mas o governador Carlesse pode ter outra carta na manga que não o “deputado interino”: a professora Adriana Aguiar, atual Secretária Estadual da Educação, que tem um bom currículo, é muito carismática e, por fim, filha da cidade. É uma incógnita.

Já o candidato preferido do atual prefeito Laurez Moreira é o empresário Oswaldo Stival (PSDB), que foi candidato a vice-governador na chapa encabeçada por Carlos Amastha (PSB) em 2018. Porém, ele anda reticente em pleitear, novamente, um cargo público. Como segunda opção, o médico e ex-vereador Maurício Nauar (PDT) que é esposo da vereadora Marilis Fernandes (PDT). Do tucanato poderia vir, ainda, o vereador Eduardo Fortes que é o segundo nome na linha do grupo Stival. Ele tem a confiança do grupo, mas é novato na cidade e não demonstra forças para uma disputa dessa envergadura.

Por fim, Gutierres Torquato (PSDB), assim como Gleydson Nato, obteve excelente votação na cidade, em 2018, quando candidatou-se para deputado estadual – 6.645 votos. Porém, Torquato não demonstra perfil para cargos executivos, como também, em que pese o seu grau de parentesco com o prefeito Laurez, é rejeitado pelo chefe do poder executivo. Esse fator pode inviabilizar sua candidatura.

Mal-estar

Já a ex-deputada federal Josi Nunes (PROS) experimentou a pior derrota de sua vida quando tentou a reeleição, em 2018, justamente por não conseguir obter êxito em Gurupi, seu território eleitoral. Foram apenas 6.102 votos, decorrentes de suas posições e votações no Congresso Nacional, acompanhando fielmente as orientações do seu partido – à época, o MDB – para garantir a governabilidade do ex-presidente Temer.

Essa postura gerou um incrível mal-estar e muitos dos seus eleitores a abandonaram.  Um grupo de parlamentares federais, entre os quais o deputado Eli Borges (SD) defendem sua candidatura, contudo, a ex-deputada não parece estar muito interessada e será dificil convencê-la a entrar na disputa. Ela tem reiterado em entrevistas que continuará suas atividades profissionais apenas como professora da UNIRG.

Outro nome que já declarou que é pré-candidato é o vereador Sargento Jenilson (PRTB) único oposicionista, entretanto, obteve apenas 1.921 votos em Gurupi na eleição de 2018, quando disputou uma vaga para deputado estadual. A popularidade, portanto, está abalada. Outros nomes como os vereadores Ivanilson Marinho (MDB), o ex-presidente da Câmara, Valdomiro Rodrigues (PSB) e o atual presidente, Wendel Gomides (PDT) também sinalizam intenção de entrar na disputa. Todavia, o momento é muito desfavorável devido o desgaste da Câmara de Gurupi perante os eleitores. Provavelmente, o trio optará pela reeleição. Já o defensor público e ex-vereador Kita Maciel (PSB) também manifesta interesse em disputar o cargo de prefeito, mas o seu eleitorado é muito limitado, o que reduz suas chances.

Em suma, muitos são os nomes. Na peneira das convenções e acertos partidários, restará três ou, no máximo, quatro candidatos a prefeito na próspera cidade sulista Gurupi, base eleitoral do governador Mauro Carlesse e, exatamente por isso, um solo fértil para especulações e apostas.
 
 


 
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