15/12/2022 às 08h42min - Atualizada em 15/12/2022 às 08h42min

Tocantins atinge meta para cadastro de candidatos a doação de medula óssea em 2022


 

A Hemorrede Tocantins alcançou no início de dezembro a meta para o cadastro de doadores voluntários de medula por Estado. O teto é determinado pelo Anexo III da Portaria nº. 1.229, de 15 de junho de 2021, e no Tocantins a meta é de 2.500 cadastros anualmente. Em 2022 foram realizados cadastros de 2.644 candidatos à doação voluntária de medula óssea. No total, o Tocantins tem 56.184 doadores voluntários de medula óssea cadastrados no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome).

“Este teto é o mínimo estabelecido para cada estado atingir durante o ano, contudo os cadastros devem continuar sendo realizados, pois quanto mais pessoas cadastradas, maiores são as chances de encontrar um doador compatível, o que infelizmente muitas vezes não é possível para a maioria dos pacientes que estão na fila do banco nacional”, destacou a superintendente da Hemorrede do Tocantins, Pollyana Gomes.

No Brasil, a possibilidade de compatibilidade entre irmãos é de 25 a 30%, mas as chances de encontrar um doador compatível entre não aparentados, diminui muito sendo apenas de uma a cada 100 mil pessoas cadastradas, por isso a importância de realizar o cadastro explicou médica Hematologista do Hemocentro Regional de Araguaína, Wacilla Batich Abdalla Barbosa.

“O Transplante de Medula Óssea Alogênico é um tratamento utilizado em algumas neoplasias onco-hematológicas normalmente doenças graves e agressivas. Para o paciente e o familiar é uma corrida contra o tempo para encontrar um doador compatível. Diante da dificuldade em se encontrar um doador 100% compatível quanto mais pessoas voluntárias cadastradas como doadores maior a chance desses pacientes. Vemos que muitos acabam não fazendo esse cadastro pela desinformação referente ao processo de doação, por isso a importância de se falar sobre o tema”, acrescentou a médica.

Medo foi o que não teve a estudante, Maria Fernanda do Nascimento Ribeiro, que com apenas 18 anos decidiu se cadastrar no Redome. “Meu interesse veio primeiro a respeito da doação de sangue, pois meu professor perdeu um filho recentemente em um acidente de trânsito, mas não tive tempo de ir até o hemocentro. Só que em outubro o hemocentro levou o ônibus até a minha escola e lá a equipe da Captação de Doadores me explicou como funciona o processo de doação de medula e vi que era algo tão simples e que pra mim não oferecia risco que fiz o cadastro lá no dia. A minha vontade é ajudar as pessoas, enquanto eu puder fazer isso, farei com o maior orgulho”, reforçou a aluna do 3º ano da Escola Estadual Professora Elizângela Glória Cardoso.

Como se Tornar um Doador

Para se tornar um doador voluntário de medula óssea, é preciso ir ao Hemocentro mais próximo da sua cidade, realizar um cadastro no Redome e coletar uma amostra de sangue (10 ml) para exame de tipagem HLA.

Os critérios básicos são: ter entre 18 e 35 anos de idade; um documento de identificação oficial com foto; estar em bom estado geral de saúde; não ter nenhuma doença transmitida pelo sangue e não possuir nenhuma não ter nenhuma doença Autoimune;

A Doação de Medula Óssea

A doação de medula óssea pode ser feita de duas formas, punção ou aférese. A decisão sobre o método é exclusiva dos médicos assistentes.

Punção: Procedimento realizado sob anestesia em que a medula óssea é retirada do interior do osso da bacia, por meio de punções. Requer internação de 24h, podendo ocorrer dor no local da punção, nos primeiros dias, que pode ser amenizada com uso de analgésicos. O tempo de recuperação ocorre em torno de 15 dias.

Aférese: Método em que o doador faz uso de uma medicação por cinco dias, com o objetivo de aumentar a produção de células-tronco circulantes no seu sangue. Durante o uso desta substância, pode ocorrer dor óssea e muscular, além de cefaléia. Após esse período, a doação é realizada por meio de uma máquina de aférese, que colhe o sangue através de duas veias do doador, uma em cada braço, ou uma veia profunda, separa as células-tronco e devolve os componentes do sangue que não são necessários para o paciente. Não há necessidade de internação e anestesia.

 

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