05/09/2022 às 17h40min - Atualizada em 05/09/2022 às 17h40min

Ex-governador do Tocantins, Mauro Carlesse desiste da candidatura ao Senado


 

O ex-governador do Tocantins Mauro Carlesse (Agir) anunciou nesta segunda-feira (5) a retirada da candidatura ao Senado pelo estado. A decisão ocorre três dias depois de a Justiça do Tocantins aceitar uma denúncia contra o político, que passou a ser suspeito por corrupção e lavagem de dinheiro em uma investigação que envolve o plano de saúde de servidores do estado.

Em vídeo divulgado no Instagram, o político fala em perseguição e diz que suspeita que um avião utilizado por ele sofreu uma tentativa de boicote. "Todo mundo sabe o tamanho da perseguição que eu venho tendo desde que entrei no governo [...] Fui afastado e até hoje não consigo me defender porque eu não sei o motivo. Isso é tudo perseguição comigo, com a minha família", disse.

O ex-governador disse suspeitar que um avião usado por ele tenha sido sabotado, ressaltando que a perícia ainda está sendo realizada. "Fiquei 40 minutos sobrevoando Araguaína (município de Tocantins) sem descer o trem de pouso. Com essa perseguição, minha família se reuniu e pediu para que eu retirasse a minha candidatura. Pela nossa segurança e integridade, peço desculpas por não dar continuidade à candidatura ao Senado", afirmou.

Carlesse renunciou ao cargo de governador em março deste ano em meio a uma votação na Assembleia Legislativa do estado que abriria um processo de impeachment contra ele.

Em outubro do ano passado, ele foi alvo de uma operação da Polícia Federal, determinada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), cujo objetivo era apurar uma organização criminosa suspeita de impedir ou obstruir investigações sobre atos ilícitos relacionados à cúpula do governo do Tocantins. No mesmo dia, o STJ determinou o afastamento de Carlesse por seis meses.

Na época, o órgão afirmou que as investigações apontavam para fortes indícios de pagamento de vantagens indevidas ligadas ao plano de saúde dos servidores do estado e para a existência de uma estrutura montada para a lavagem de ativos e o desvio de recursos públicos para o patrimônio dos investigados.

A Polícia Federal informou, naquele momento, que o governo do Tocantins retirou indevidamente delegados responsáveis por inquéritos que mencionavam membros da cúpula do estado envolvidos em suspeitas de irregularidades. "Há ainda fortes evidências da produção coordenada de documentos falsos para a manutenção dos interesses da organização criminosa", disse. (R7 Notícias).

 

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