Profissionais de Saúde dos 139 municípios participaram, na manhã desta terça-feira, 16, de uma Webconferência sobre MonkeyPox – Vigilância Epidemiológica, laboratorial e manejo clínico da doença. A reunião organizada pela equipe da Superintendência de Vigilância em
Saúde (SVS), da Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO), com apoio do Conselho de Secretários Municipais de Saúde (COSEMS/TO), teve o objetivo de orientar os profissionais de saúde na identificação clínica, manejo laboratorial e instituições de medidas de prevenção e controle adequadas para a doença.
A superintendente de Vigilância em Saúde, Perciliana Bezerra iniciou a reunião com um alerta para todos os municípios. “Estamos com casos em investigação e caso já confirmado, para uma doença de interesse internacional. A Saúde do Tocantins deve ficar atenta aos sinais e sintomas desta doença, que está com um aumento significativo de casos no país. As apresentações desta manhã irão esclarecer dúvidas que nossos profissionais possam ter com os possíveis casos da doença”, disse.
Um dos participantes foi o secretário municipal de Saúde de Cristalândia, Wilkey Fernando Lourenço, falou sobre a participação dos seus profissionais de saúde na web e trabalho realizado no município. "Em Cristalândia, já realizamos nosso Plano de Contingência, capacitamos nossos agentes de saúde e os profissionais já estão orientados para receber os possíveis casos. A web foi muito esclarecedora. De Cristalândia tivemos a participação de médicos e enfermeiros que puderam tirar suas dúvidas sobre o manejo de pacientes e das amostras de exames. Estamos tranquilos para realizar o atendimento da população", salientou o secretário.
O infectologista, Flávio Milagres detalhou o que é a doença, sinais, sintomas, demonstrou estudo de casos e informações relevantes para o diagnóstico e tratamento deste paciente, com atenção aos possíveis contatos e a necessidade obrigatória da notificação dos casos suspeitos. “A doença tem diagnósticos diferenciais, precisamos de atenção, o manejo adequado do paciente faz toda a diferença, a maioria dos casos são leves, mas há casos graves, nossa estrutura hospitalar no Estado já está orientada para os possíveis casos graves, médios e moderados, o que justifica internação”, disse.
A diretora do Laboratório de Saúde Pública do Estado do Tocantins (LACEN-TO), Jucimária Dantas, repassou informações importantes sobre o manejo laboratorial das amostras para exames da MonkeyPox e informações sobre as referências para análises destes exames. “Todas as amostras dos pacientes em investigações devem ser notificadas, isso é primordial. As amostras do Tocantins eram encaminhadas para a Fundação Ezequiel Dias (FUNED), em Belo Horizonte (MG), agora o Tocantins terá como referência o laboratório de Brasília, o Lacen/DF, com prazo médio de entrega dos resultados de 10 até 15 dias. O Lacen também enviará para os municípios os kits e tubos para transporte das amostras”.
Já a gerente do Centro de Informações Estratégicas em Saúde do Tocantins (CIEVS/TO), Arlete Lopes prestou esclarecimentos sobre a vigilância e prevenção sobre a doença, inclusive casos de manejo de corpos. “ A webconferência ficará disponível para acessos no Youtube da SES/TO, canal Saúde Tocantins e no Cosems/TO para posterior consultas dos municípios, além das orientações gerais que já estão disponíveis no Plano de Contingência para Monkeypox do Tocantins.
Disponível no site da Secretaria da Saúde – (https://www.to.gov.br/saude/monkeypox/3b4qwneowreg).
Dados
Levantamento feio pelo CIEVS-TO, mostra que atualmente são 40 casos suspeitos e 01 confirmado/curado no Tocantins. Os casos estão sendo investigados em Palmas (22), Lagoa da Confusão (01), Araguaína (03), Colinas do Tocantins (03), Porto Nacional (02), Gurupi (04), Cristalândia (01), Miranorte (02), Palmeirante (01), Paraíso do Tocantins (01). Até esta data, o Estado teve apenas um caso confirmado em Nazaré (paciente já curado).