27/05/2022 às 08h37min - Atualizada em 27/05/2022 às 08h37min

Cresce o número de motoristas bêbados que se recusam a passar pelo teste do bafômetro


Foto: Divulgação

O número de pessoas flagradas dirigindo bêbadas nas rodovias estaduais do Tocantins aumentou 50% de janeiro até agora, comparando com o mesmo período de 2021. Foram 335 ocorrências em 2022, contra 222 no ano passado. O estado também registrou aumento no número de pessoas que se recusam a fazer o teste do bafômetro durante as abordagens.
 
Nas rodovias federais, os números flagrantes por embriaguez também são significativos. São 70 prisões nesses cinco primeiros meses do ano. Isso representa 78% de todo o ano de 2021. O último caso foi no fim de semana em Aguiarnopólis, no norte do estado, quando um homem foi preso em flagrante.
 
No dia 13 de maio um servidor do governo do Tocantins foi preso por estar bêbado ao atropelar um agente de trânsito com carro oficial na saída de um show em Palmas.
 
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o que também chama atenção no estado é o aumento da recusa para fazer o teste do bafômetro. "A gente tem um aumento superior a 170% no número de recusas obtidas no ano anterior, em 2021. É preocupante", comentou a inspetora Fernanda Maciel.
 
Quem se recusa a fazer o teste acaba sendo multado da mesma forma. A novidade é que o Supremo Tribunal Federal (STF) validou a punição administrativa que era questionada por advogados. Em decisão unânime, os 11 ministros votaram pela tolerância zero para o motorista que beber, dirigir e se recusar a fazer o teste do bafômetro.
 
Agora, todos os tribunais vão ter que seguir esse entendimento e permitir a punição. "Essa decisão do STF veio para ratificar o que já vinha sendo feito pelos agentes, constatada a infração o agente lavrava o alto. É uma infração alta, multiplicada por 10 pelo código de trânsito e chega a quase R$ 3 mil, tanto pela recusa quanto por dirigir alcoolizado", explicou o agente de trânsito Antônio Portelinha.
 
Ficam mantidas todas as regras da legislação. Quem se recusar a fazer o teste do bafômetro vai ter o direito de dirigir suspenso por 12 meses e pagar multa. Além disso, o carro e a carteira de habilitação ficarão retidos. A punição vale também para o motorista que se negar a fazer perícias e exames. (G1 Tocantins).


 
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