09/05/2022 às 07h19min - Atualizada em 09/05/2022 às 07h19min
O que o ex-governador não sabia ao chamar ex-aliado de “frouxo”
Foto Ilustrativa: (clickportal) Para certa parte da imprensa, quanto maior a desgraça melhor é a notícia. O mesmo pensamento tosco poderia ser aplicado também à política.
Recentemente, o ex-governador Mauro Carlesse, em entrevista a uma rádio, resolveu mostrar as vísceras do visível descontentamento da suposta traição do presidente da Assembleia, Antonio Andrade, e demais deputados estaduais, com relação aos rumores do impedimento.
Perguntado sobre o que achava de Antonio Andrade, Carlesse cuspiu fogo: “para mim, ele é um frouxo”.
Não vou entrar no mérito do “frouxo” do ex-governador, mas, ao fazer tal declaração, Carlesse demonstra que ainda precisa aprender e muito a caminhar pelo mundo mágico, encantado e rico da política.
Carlesse deixa claro que foi traído, que confiou demais, que não era para ser assim... Para quem nasceu do ventre da política ou aprendeu a conviver dentro dela, sabe que não existe lealdade nesse mundo dominado por raposas e serpentes venenosas.
Em política, a cada passo que se dá, abre-se uma cratera à frente, pronta para engolir os ingênuos e os desavisados.
Em política, a regra é trair e ser traído. O resto é churrasco misturado com ética e vinho do Porto. Tudo à custa do povo.
Artigo de opinião - Alberto Rocha