21/04/2022 às 13h48min - Atualizada em 21/04/2022 às 13h48min

Em 33 anos de história, o maior patrimônio do Naturatins são seus servidores


Foto: Divulgação
 
Junto com a criação do Tocantins, surgiu a necessidade de ter uma instituição com competência técnica para promover estudos, pesquisas e experimentos, com foco na proteção, fiscalização e controle ambiental. O objetivo era que a mais nova unidade administrativa do país crescesse e se consolidasse economicamente, porém de forma sustentável, utilizando racionalmente os seus recursos ambientais. 
 
Assim, em 21 de abril de 1989, por meio da Lei nº 29, foi criada a Fundação Natureza do Tocantins, tendo como primeiro presidente o ambientalista goiano Leolídio Di Ramos Caiado. Em 26 de julho de 1996, com a publicação da Lei nº 858, a fundação se tornou uma autarquia, passando a se chamar Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins). Já em 1997, ganhou sede própria (onde funciona até hoje, com prédio ampliado e anexo) e também uma nova estrutura organizacional, ampliando seu quadro de servidores. 
 
Desde o início de sua criação, o maior patrimônio do Naturatins foi o seu quadro de servidores, que sempre contou com profissionais de várias áreas do conhecimento, que têm em comum a busca constante por qualificação, paixão pelos recursos naturais do Tocantins e dedicação para proteger e preservar o meio ambiente. 
 
O atual presidente do Instituto, Renato Jayme, elogia a qualidade técnica de sua equipe. “Em todas as nossas diretorias e gerências contamos com profissionais com alto grau de conhecimento técnico e isso tem feito a diferença na gestão do órgão”, afirma, completando que os investimentos feitos em equipamentos, softwares e outras tecnologias só apresentam bons resultados porque são operados por essa equipe qualificada. 
 
O Naturatins conta em seu quadro funcional com 631 servidores, sendo que pouco mais de 500 estão ativos. Esses servidores estão lotados nas 15 agências regionais do Instituto, parques e áreas de proteção ambiental, localizadas nos municípios de Araguaína, Gurupi, Alvorada, Dianópolis, Araguacema, Araguatins, Arapoema, Arraias, Colinas do Tocantins, Formoso do Araguaia, Goiatins, Lagoa da Confusão, Paraíso do Tocantins, Pedro Afonso e Tocantinópolis, além da sede do órgão em Palmas. 
 
Renato Jayme acredita que é graças ao conhecimento técnico dos servidores do Naturatins que tem sido possível conciliar a preservação ambiental com desenvolvimento econômico. “São 33 anos de história e de amadurecimento, tanto das leis ambientais, quanto dos profissionais que atuam na linha de frente do Naturatins, e temos muito orgulho em fazer parte desta história”, ressalta o presidente. 
 
Amor ao trabalho
 
O fiscal ambiental, Jusley Caetano, faz parte da equipe do Naturatins desde 2000. “Comecei trabalhando administrativamente, na então Coordenadoria de Fiscalização, que era comandada pelo coronel do Exército Acyr Brandão, e foi ali que tive acesso a muitas informações e conhecimentos novos, além de, paralelamente, estudar Direito”, lembra o fiscal. Ele diz que mesmo trabalhando na comissão julgadora dos autos de infração, fazia o trabalho de campo nos finais de semana e feriados. 
 
“Durante esses 22 anos de Naturatins, tive a oportunidade de contribuir também como chefe da Assessoria Jurídica do órgão. Após deixar o cargo, retornei para a fiscalização, que é minha paixão; independente dos cargos que ocupei, eu sou fiscal ambiental de carreira e me orgulho do excelente trabalho que fazemos”, declara Jusley Caetano.
 
O fiscal, que também atua como advogado ambiental, diz que o Naturatins evoluiu muito desde sua criação. “A fiscalização vem sempre se aperfeiçoando, com novas tecnologias, novas técnicas de abordagem e novos instrumentos que ampliaram nossos conhecimentos e facilitaram o acesso a população através do meio digital”, exemplifica, reforçando que, atualmente, todos os fiscais ambientais do Naturatins possuem formação superior e especialização.
 
A exemplo de outros colegas, Jusley Caetano já teve proposta de trabalho para deixar o órgão ambiental. “Eu amo o que eu faço; a escolha da profissão de fiscal ambiental se transformou em uma vida ambiental e o Naturatins é minha segunda casa; foi a escolha mais acertada que já fiz”, conclui. 
 
A educadora ambiental Denise Loureiro não esconde a emoção quando fala de sua relação com o Instituto. “Entre no Naturatins exatamente no dia 13 de abril de 2000, por meio de concurso público; havia terminado uma especialização em planejamento e gestão ambiental e assim que tomei posse já fui lotada na então Coordenadoria de Educação Ambiental, de onde nunca saí", narra a servidora. 
 
Ao longo desses 22 anos, Denise Loureiro avalia que cresceu profissionalmente e teve oportunidade de contribuir com a conscientização ambiental do Tocantins, por meio das oficinas que ministrava junto às comunidades. “Tivemos que superar o pouco engajamento ambiental das comunidades e continuarmos firmes até compreenderem a importância das questões ambientais”, lembra. 
 
Ela acrescenta que, além dos desafios enfrentados por quem está realizando um trabalho novo, a falta de material didático para realização das ações, a dificuldade na realização de capacitações da equipe técnica, foram situações que precisaram de muita dedicação não apenas dela, mas de todos os seus colegas. “Todas as dificuldades que nos eram impostas, superamos com articulações com outras secretarias, intercâmbios técnicos e qualquer outro meio que dispuséssemos”, aponta a educadora ambiental.
 
Ela finaliza dizendo que “estar no Naturatins há tanto tempo é motivo de orgulho, alegria e agradecimento, pois nesses 22 anos adquiri muitas amizades, busquei muito aprendizado, me capacitando e sempre buscando conhecimentos que proporcionassem melhor atuação na área ambiental, como o mestrado em Educação e Ecologia Humana pela Universidade de Brasília [UnB], e inúmeras qualificações proporcionadas pelo órgão, restando uma sensação de gratidão pela escolha acertada”, finaliza.
 
O sentimento de gratidão e de estar realizando um trabalho que contribui diretamente para a preservação do meio ambiente também é compartilhado pelos servidores mais novos, que estão no Naturatins há menos de um ano.
 
O bacharel em Direito, Dennys Silveira, é uma contratação recente para reforçar a Assessoria Jurídica do Instituto. Ele pontua que o ambiente de trabalho é de muito aprendizado e compartilhamento com os demais colegas e com a chefia. “Essa experiência de trabalhar em órgão ambiental está sendo muito proveitosa, especialmente para mim, que escolhi o Direito Ambiental como carreira jurídica”, diz o advogado, complementando que a certeza de que seu trabalho contribui para a preservação do meio ambiente faz com que sinta que está no lugar certo. 
 
O quadro de servidores do Naturatins conta também com estagiários e até voluntários, que são estagiários que não são remunerados, mas que atuam no órgão em troca da experiência. Iuri Gonçalves é um desses voluntários. Estudante de Biologia, ele diz que mesmo sem remuneração se sente honrado em fazer parte da história do órgão de alguma forma. “Conviver com profissionais com alto nível de conhecimento técnico e que atuam na linha de frente para a preservação da vida no Cerrado já é uma grande compensação para quem ainda é estudante”, acredita Iuri. 
 
Presidentes
 
O Naturatins teve 14 presidentes, dos quais quatro ocuparam a presidência do órgão por duas vezes. A única mulher a comandar o Instituto foi a jornalista e ambientalista Marli Terezinha dos Santos. Atualmente, ela é superintendente de Gestão e Políticas Públicas Ambientais da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), e tem sua atuação reconhecida publicamente por meio de prêmios. 
 
Marli Terezinha dos Santos declara que o órgão é estratégico para o desenvolvimento sustentável do Tocantins. “Foi uma honra comandar o Naturatins. Trabalhei arduamente para o fortalecimento da instituição com a instalação do laboratório, mudança para o prédio novo, licenciamento ambiental da Usina Hidrelétrica de Lajeado, implantação do Parque Estadual do Lajeado, gestão dos recursos de compensação ambiental e outros desafios da época”, lembra a ex-presidente. 
 
Renato Jayme afirma que se sente privilegiado em comandar o Instituto e diz que o órgão tem muito o que comemorar nesse seu 33º aniversário. “Somos uma instituição de proteção ao meio ambiente e estamos sempre em constante aprimoramento, no sentido de melhorar nossos serviços, e hoje já somos referência em procedimentos de licenciamento ambiental com segurança jurídica”, afirma. (Governo do Tocantins).

 
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