Esta não é uma boa notícia. Uma mãe, que tem uma criança autista, faz uma denúncia assustadora. Segundo a mulher, o filho dela, de 6 anos de idade, foi encontrado sozinho em uma sala da Escola Municipal de Tempo Integral Carolina Campelo Cruz da Silva, em Palmas, TO. E o pior: a criança estava comendo as próprias fezes, segundo a mãe da criança.
O caso teria acontecido na sexta-feira, 01, no setor Santa Fé 2, em Taquaralto, Palmas.
A mãe da criança, Lizandra, disse que tinha ido buscar o filho na escola mais cedo, e encontrou o menino todo sujo de fezes e sozinho dentro da sala, quando deveria estar acompanhado dos cuidadores, servidores da Escola. De acordo Lizandra, os cuidadores da criança estavam conversando na biblioteca.
A mãe do garoto disse que há um mês, a criança chorava muito, dava sinais de tristeza e não queria ir mais para a escola. “Ele chorava e não queria ir mais, ficava triste, mas eu não desconfiei de nada; só agora, quando fui buscá-lo mais cedo, é que me deparei com essa situação lamentável ao encontrar o meu filho abandonado numa sala e comendo as próprias fezes”, desabafou a mãe.
Lizandra, acompanhada da advogada Kamila Aguiar Rocha, foi até à Delegacia da Infância e Juventude onde registrou um Boletim de Ocorrência com a acusação dos crimes de maus- tratos e abandono de incapaz. O caso já foi enviado para o Ministério Público.
Para a advogada da família do menino, houve completo desrespeito às necessidades da criança, que é portadora de necessidade especial. “Não é possível que casos como este ainda aconteçam em pleno século vinte e um. Houve desrespeito às necessidades da criança, falta de amor, de respeito e acima de tudo, configura crime de maus- tratos e de abandono de incapaz. Certamente os responsáveis vão responder administrativa e criminalmente perante a justiça”, disse Kamila.
O que é autismo
Autismo é o nome simplificado para se referir ao transtorno do Espectro Autista, ou seja, alterações do neurodesenvolvimento que leva a dificuldades na comunicação e interação social. Isso ocorre geralmente nos aspectos e gestos não verbais da comunicação e em habilidades para desenvolver, manter e entender os relacionamentos interpessoais.