26/03/2021 às 07h58min - Atualizada em 26/03/2021 às 07h58min

Wanderlei Barbosa reforça compromisso do Governo do Tocantins com desenvolvimento sustentável


Foto: Divulgação
 
O vice-governador do Estado do Tocantins, Wanderlei Barbosa, participou na tarde desta quinta-feira, 25, de reunião de trabalho no formato virtual entre técnicos do Governo do Estado e representantes da

British Petroleum (BP). O objetivo foi discutir parceria com o Tocantins em torno da proposta da empresa de zerar as emissões de gases do efeito estufa de suas operações, até 2050.  

Na oportunidade, o Vice-governador reforçou o compromisso do Governo do Tocantins com o meio ambiente. Wanderlei Barbosa destacou que as políticas de desenvolvimento são voltadas para um modelo de fomento que incentiva iniciativas sustentáveis nos mais diversos setores da economia. Também lembrou que o Tocantins conta com grandes reservas de vegetação nativa e que o agronegócio cresce na região sem necessidade de desmatamento, com a utilização de áreas degradadas. Explicou, ainda, que quando há necessidade de desmatamento, é feito de forma legal, com autorização e acompanhamento dos órgãos de controle ambiental do Estado.

“Nós queremos e temos espaço para o crescimento da nossa economia. Ainda contamos com grandes reservas, e a abertura de áreas para a plantação de soja e a criação de gado é feita com acompanhamento dos órgãos de controle, para mantermos preservadas as matas ciliares e as nascentes”, pontuou Wanderlei Barbosa, acrescentando que outra frente de atuação ambiental é realizada pelo Comitê do Fogo, de combate aos incêndios florestais e controle de queimadas, que começa a intensificar seus trabalhos com a proximidade do período de veraneio na região.

O Vice-governador ressaltou o interesse do Tocantins na parceria com a BP, considerando os ativos de carbono disponíveis no Estado. “Nos interessa muito e estamos prontos para discutir e aprofundar mais nesse projeto. Queremos fazer essa proteção ambiental, mas também queremos, de algum modo, ser ressarcidos por esse ativo de carbono que temos preservado, para que possamos manter essas políticas ambientais”, reforçou.

British Petroleum

A BP é uma empresa multinacional sediada no Reino Unido que opera no setor de energia, sobretudo de petróleo e gás. Também fazem parte do grupo a ExxonMobil, Chevron e Shell. No Brasil, buscando diversificação de mercado e sustentabilidade ambiental, a BP começou a operar no setor sucroenergético, sendo a primeira empresa estrangeira a investir no etanol brasileiro a partir da cana-de-açúcar.

O gerente de Relações Institucionais da empresa, Celso Fiori, explicou que a meta para a empresa é zerar a emissão de carbono até 2050. Neste período, tem metas a serem cumpridas e busca ajudar países e indústrias a fazerem o mesmo, promovendo o desenvolvimento sustentável e a geração de renda, de modo a assegurar que a transição de matriz energética seja viável economicamente. “Não queremos que seja simplesmente uma meta absoluta que é cumprida com prejuízos para a sociedade”, comentou.

Redução

Para 2025, de acordo com o executivo, a estimativa é reduzir em 20% as emissões de gases em suas operações e zerar o conteúdo de carbono de tudo que a empresa produzir em termos de óleo e gás.

Paralela a essa meta, a empresa quer reduzir a produção de óleo e gás de recursos fósseis em até 40%, até o ano de 2030, além de aumentar os investimentos em energias renováveis e reduzir a emissão de metano. Celso Fiori explicou que essas metas foram idealizadas para serem colocadas em prática de forma conjunta.

A proposta da BP é implantar, no Tocantins, o REDD (Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação florestal), que é um conjunto de incentivos econômicos, com o fim de reduzir as emissões de gases de efeito estufa resultantes do desmatamento e da degradação florestal — mudanças que prejudicam a floresta e limitam seus serviços ambientais. O conceito parte da ideia de incluir na contabilidade das emissões de gases de efeito estufa, aquelas que são evitadas pela redução do desmatamento e da degradação florestal. “Foi com esse propósito que a BP resolveu procurar o Estado do Tocantins e outros estados da Amazônia, para propor uma forma de viabilizar esse projeto”, ressaltou o gerente da BP.

A diretora de Instrumentos de Gestão Ambiental da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), Marli dos Santos, explicou que o Tocantins tem crédito de carbono, porque deixou de desmatar, e a expectativa é de aumentar ainda mais esses créditos no futuro. Ela explicou que, para isso, o Estado precisa cumprir várias etapas e salvaguardas previstas na estratégia Tocantins Competitivo e Sustentável. “É um compromisso de 20 anos que o Estado está fazendo, que prevê um desenvolvimento de baixas emissões”, adiantou.
(Governo do Tocantins).

 
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