13/03/2021 às 07h17min - Atualizada em 13/03/2021 às 07h17min

Com saúde em colapso, Governo do TO aumenta rigor no combate às aglomerações, volta a suspender aulas e recomenda que horário do comércio seja estendido


Foto: Divulgação
 
O Governo do Tocantins anunciou nesta sexta-feira (12) novas medidas para conter o coronavírus. A partir da próxima terça-feira (16) ficam suspensas por 14 dias as aulas presenciais em todo o estado. Missas e cultos devem ocorrer com até 30% da capacidade do templo se forem presenciais, mas as celebrações devem ser feitas, preferencialmente, por meios virtuais.
 
O documento prevê ainda o escalonamento da jornada de trabalho dos servidores públicos. A jornada de seis horas corridas será mantida, mas parte dos servidores poderá trabalhar no turno da manhã e o restante durante a tarde. A coordenação desse item do decreto será da Secretaria de Administração.
 
Durante a coletiva, o secretário de saúde do Tocantins, Edgar Tollini, admitiu que o sistema público do estado entrou em colapso. Ele respondia a uma pergunta sobre a possibilidade de o estado ter problemas no sistema funerário.
 
Endurecimento da fiscalização

O decreto prevê ainda que a fiscalização contra aglomerações será mais dura. O secretário da Casa Civil, Rolf Vidal, prometeu uma política de 'tolerância zero'. Pessoas físicas que estejam envolvidas na organização de festas clandestinas serão levadas até as delegacias de polícia, além de receber multas de até R$ 2 mil e advertências. Estabelecimentos onde estes eventos estiverem ocorrendo podem ser interditados e receber multas de até R$ 20 mil.

Vidal disse ainda que as equipes de fiscalização vão utilizar dados das torres de celulares para focar as ações nas áreas que tiverem maior concentração de pessoas.

Comércio com horário ampliado

Para as prefeituras, o estado recomendou a ampliação, e não mais a redução, no horário de funcionamento das atividades essenciais e não essenciais para entre 6h e 24h. Os estabelecimentos devem operar com 50% da capacidade.

A ideia, segundo o governo, é evitar aglomerações com mais opções de horários para os moradores irem até os locais sem necessidade de longas filas, por exemplo. Bares devem seguir em modalidade delivery. Este trecho das medidas é apenas uma recomendação e não tem cumprimento obrigatório pelos municípios.

Durante a coletiva, o infectologista Rafael Albuquerque disse que experiências em outros países mostram que horários mais restritos acabam causando mais aglomerações e aumentando o contágio.

Também foi recomendado o escalonamento do horário de entrada e saída dos trabalhadores por setores, para evitar aglomerações no transporte público. Em Palmas, por enquanto, segue em vigor o decreto que restringe o horário de funcionamento do comércio.

Vacinas

O governo disse ainda que quer fazer a aquisição direta de um milhão de doses de vacinas. Ainda não está definido com qual laboratório será feita a compra e qual o cronograma da aquisição. Metade deste total seria cedido ao Ministério da Saúde para o Plano Nacional de Imunização, conforme previsto em lei.

Estas doses seriam usadas, prioritariamente, para imunizar o publico idoso, conforme estabelece o PNI.

Ele disse que já há cartas de intenção para aquisição da vacina russa e de outro produto feito na Itália. Edgar Tollini, entretanto, disse que acredita que o Ministério da Saúde vai conseguir cumprir o plano nacional, sem necessidade de aquisição por parte do estado.

Saúde em colapso

Desde o começo de março, o sistema de saúde do estado trabalha no limite da capacidade, com a ocupação dos leitos de UTI acima de 90%. Nesta sexta, de acordo com a atualização feita às 13h40 no Portal Integra que monitora o índice de ocupação, 94% das UTIs estavam ocupadas.

O Palácio Araguaia tem prometido a instalação de novos leitos em vários hospitais de todas as regiões do estado. O secretário da Saúde Edgar Tollini disse que as entregas devem ser feitas aos longos dos próximos 40 dias. Ele disse ainda que nos próximos 21 dias poderá entregar mais 16 leitos para o Hospital Geral de Palmas. O principal obstáculo, segundo ele, é a disponibilidade de equipes e de equipamentos para esses leitos.

Segundo o boletim epidemiológico desta sexta, o Tocantins já tem confirmados 123.537 casos da doença e 1.639 pessoas morreram em todo o estado por causa da Covid-19. A Secretaria de Estado da Saúde informou que do total, 14.142 casos estão ativos.
(Fonte: G1 Tocantins).

 
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