08/01/2021 às 07h53min - Atualizada em 08/01/2021 às 07h53min
Campanha busca preservar a ruína da igreja construída por escravos em Natividade
Foto: Clóvis Cruvinel/ VC no G1 Uma campanha está buscando a preservação de uma importante riqueza arquitetônica de Natividade, as ruínas da Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos. A ideia do projeto 'Não suba nas ruínas' é evitar desgastes e a degradação desse patrimônio construído no século XVIII pelos escravos e importante atrativo turístico da cidade.
A ação é desenvolvida pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em parceria com o Conselho Municipal de Turismo de Natividade e empresários da região que trabalham com o turismo.
A prática de subir nas ruínas é comum, mas pode desestabilizar as pedras usadas na construção, segundo a superintendente substituta do Iphan no TO, Cejane Pacini.
"O que queremos chamar a atenção nessa campanha é para não causar esse dano ao monumento, as pessoas sobem, e essas pedras vão soltando, e com isso, ao longo dos anos, vai degradando. E para que a pessoa também não corra o risco de cair quando subir em um nicho ou alguma parte da ruína".
A frase 'Não suba na ruína' será disseminada pelas redes sociais para sensibilizar moradores e turistas, quando visitarem o patrimônio histórico.
"A campanha está sendo divulgada nas redes sociais para conscientização e levar informação. Também estão sendo inseridas placas próximo da localidade para que as pessoas recebam essa informação de que não é possível subir na ruína, para não causar um dano ao monumento", afirmou Cejane.
A ação está sendo lançada seis meses após uma revitalização feita nas ruínas. A obra foi promovida pelo Iphan e custou cerca de R$ 348 mil.
O município de Natividade, o mais antigo de todo o Tocantins, tem 286 anos. A cidade é parte do patrimônio histórico nacional e é conhecida pela arquitetura colonial e as ruas com pedras batidas. Uma das estruturas mais simbólicas da cidade é a ruína.
O prédio nunca chegou a ficar pronto. Ele começou a ser construído por escravos no século XVIII, mas apenas as paredes e os arcos foram feitos. Mesmo assim, a igreja acabou se tornando um símbolo do estado. (Fonte: G1 Tocantins).