29/08/2020 às 07h19min - Atualizada em 29/08/2020 às 07h19min
Morte de prefeito completa 2 anos e família questiona Secretaria de Segurança Pública
Foto: Divulgação No domingo, 30 de agosto, o assassinato de Moisés Costa (Moisés da Sercon), então prefeito de Miracema do Tocantins, completará dois anos. Sem respostas e elucidação do caso, a família questiona a Secretaria de Segurança Pública do Estado e realizará ações nas redes sociais, além de participar de audiência na Pasta.
Fidel Costa, irmão de Moisés e porta voz da família, relata que nestes dois anos de espera, o sentimento da família é de dor, angústia, revolta e desesperança nos órgãos de justiça. Ele destaca a omissão do estado com a falta de empenho da gestão da Secretaria da Segurança Pública do Tocantins. "Acompanhando de perto as investigações temos visto o empenho dos delegados e investigadores que têm se debruçado sobre o caso fazendo o que podem para desvendar o misterioso assassinato do Moisés, porém, falta suporte necessário com estrutura, material humano e tecnológico. Essa postura da gestão da SSP é vergonhosa", desabafa.
A família e a população vêm fazendo manifestações por justiça ao longo destes dois anos. Os familiares já estiveram no Ministério da Justiça, em Brasília, na sede da Polícia Federal, no Ministério Público Estadual e por repetidas vezes na Secretaria da Segurança Pública do Tocantins. Conforme Fidel, no início a SSP deu esperanças, mas foi enfraquecendo a investigação com o passar do tempo, fato identificado no afastamento de vários investigadores do caso sem explicações, desfalcando a equipe que já era pequena, na falta de apoio à investigação e na não realização de uma força tarefa que chegou a ser solicitada.
"Chega de descaso. Dois anos é muito tempo, o que falta é vontade por parte do estado, através da Secretaria da Segurança Pública, para resolver o caso e dar uma resposta não só para a família e população de Miracema, mas para o Tocantins inteiro que aguarda pelo desfecho deste crime cruel, covarde, arquitetado, planejado para tirar o Moisés do caminho de alguém cuja inveja, ódio e ganância são maiores que o temor a Deus. Nunca acusamos ninguém mas acreditamos que o crime tenha sido motivado por questões políticas, pois o Moisés não tinha inimigos, era pacífico, uma pessoa do bem, amado pela família e pela população que o elegeu democraticamente", acrescenta Fidel.
Neste marco de 2 anos sem Moisés Costa a atenção da família está direcionada à Secretaria da Segurança Pública do Tocantins, com o questionamento "Quem mandou matar e quem matou Moisés da Sercon?" Uma manifestação será feita nas redes sociais da família e amigos com o lançamento de um vídeo documentário e card enfatizando a angústia destes dois anos sem Moisés. (Assessoria).