A violência doméstica infantil vai muito além das marcas no corpo e dos números. Para psicóloga Clínica Infanto-Juvenil, Edjane Bomfim, os impactos emocionais dessa violência ocasionam danos psicológicos para o indivíduo, propiciam adoecimento mental e desencadeiam depressão, fobias, estresse pós traumático, transtorno obsessivo compulsivo, automutilação, podendo chegar a tentativas de suicídio ou até mesmo o suicídio.
É notório que o distanciamento social contribuiu ainda mais para cenários de violências domésticas contra crianças devido à mudança de rotinas das famílias gerando situação de estresse, desemprego, depressão, inquietudes e problemas nas relações que culminam na culpabilização das crianças como válvula de escape para os descontroles emocionais dos familiares agravados pelo período pandêmico.
Nesse período também, em que os ambientes coletivos e de integração foram fechados devido recomendações dos órgãos de saúde em todo o Brasil, as crianças ficaram mais vulneráveis a violências praticadas no seio familiar. Porém, na contramão dessa exposição às violências, as denúncias despencaram pelo fato da vítima estar em uma relação de sujeição, de medo e de ameaças durante o distanciamento social, não podendo contar com os sistemas de apoio, como a escola, por exemplo.
Onde denunciar violências contra crianças e adolescentes
Conselhos Tutelares
Região Central: (63) 99210-4982 (Plantão) Região Norte: (63) 99210-5134 (Plantão) Região Sul I: (63) 99210-5185 (Plantão) Região Sul II: (63) 99210-5111 (Plantão) Disque 100 (Disque Direitos Humanos) Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) Telefone: (63) 3218-6830 / 3218-1869 Email: http://dpca@ssp.to.gov.br Endereço: Rua 504 Sul Al 2 – Plano Diretor Sul, Palmas Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Cedca) Telefone: (63) 3218-2058 Endereço:103 Norte Av LO 4 Lote 98 – Edifício Milton Ayres Polícia Federal para crimes internacionais e interestaduais; Polícia Rodoviária Federal para crimes nas rodoviárias federais O aplicativo de Direitos Humanos e o Site da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos (ONDH) que podem ser acessados pelo WhatsApp e Telegram