A região da Cabeceira Redonda, localidade que fica nas proximidades de Palmas e de Luzimangues, Distrito de Porto Nacional, não tem água para serviços básicos nem para beber. Moradores dizem que são obrigados a andar cerca de seis quilômetros para buscar água no lago do rio Tocantins. A viagem, em busca da água, é feita de motos, carros, animais, carrinho de mão e até a pé.
Para o vice-presidente da Associação de Cabeceira Redonda, Reginaldo, disse que a luta é grande e espera que os responsáveis pelo abastecimento da água aconteça o mais rápido possível. Segundo ele, as famílias não sabem a quem mais procurar. “A gente sofre aqui, mas ninguém parece muito interessado em resolver o nosso problema”, disse.
Perto das casas existe uma caixa de mil litros, onde os moradores se juntam e depositam água para garantir a sobrevivência no local. A situação piora ainda mais no período de estiagem, quando alguns poços existentes no local secam, deixando a população em situação difícil. “É a pior dificuldade do mundo, nem lavar roupa aqui a gente pode”, disse dona Maria, de 70 anos e moradora do local.
Para o presidente da União dos Ministros Evangélicos da Região, pr Edilson, que presta assistência espiritual ao local, a situação do Cabeceira redonda chega a ser constrangedora. “Não é possível que ainda temos situações constrangedoras como essa aqui em Cabeceira Redonda , pessoas sem água e tendo que andar mais de seis quilômetros em busca de água. Alguma coisa precisa ser feita pelos responsáveis pelo abastecimento de água”, disse pastor Edilson.