13/08/2020 às 08h39min - Atualizada em 13/08/2020 às 08h39min

Parteira do Tocantins, de quase 100 anos, morre e deixa mais de 400 “filhos de pegação”


Foto: Divulgação 
 
Izabel Alves de Almeida, mais conhecida como Bela do Chico, a Belinha, morreu nesta semana deixando mais de 400 “filhos de pegação”. Todos a chamavam de “Mãe Bela”.

Bela era uma das parteiras mais antigas do Tocantins. Dos quase 100 anos de vida, 80 deles foram dedicados à atividade de parteira, profissão que aprendeu ainda na adolescência, no então norte de Goiás, hoje, Tocantins.

Seu campo de ação era a região das Areias, que compreende vários povoados, lugarejos, fazendas, chácaras e localidades isolados na época, nos Municípios que hoje pertencem a Guaraí, Tupiratins, Itapiratins, Pedro Afonso, Tupirama, entre outros.

Para familiares, mãe Bela era uma pessoa que se doava à profissão de parteira, por amor.  “Ela estava sempre de prontidão; cada parto era uma história diferente.  Quando era chamada no meio da noite com chuva, pegava a velha capa e um candeeiro para iluminar a estrada, montava na garupa do cavalo e seguia para mais um parto. Assim que era chamada para um novo parto, dava um nó na saia,  que só era desatado quando terminava o parto. Foi uma pessoa que ajudou a muitas pessoas”, dizem familiares.

História

Belinha nasceu em Buriti Bravo, no Maranhão, em 1923, século XX, quando o Brasil já começava a respirar desenvolvimento. Bela, ainda criança, se mudou com família para o então norte goiano, hoje Tocantins, onde passou a morar na região da Areias, que hoje pertence a Guaraí. Bela nunca cobrou pelos serviços de parteira.



 
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