07/08/2020 às 08h23min - Atualizada em 07/08/2020 às 08h23min

Vivemos uma crise de autoridade gerada pela ganância do poder


Foto: Convenção Batista 
 
Max Weber, um dos fundadores dessa área de estudo, diz que “Poder é a capacidade de obrigar, por causa de sua posição ou força, os outros a obedecerem à sua vontade, mesmo que eles preferissem não fazê-lo. Autoridade é a habilidade de levar os outros, de boa vontade, a fazerem sua vontade”.

Os "poderes" constituídos no Brasil não se entendem por falta de sabedoria e excesso de poder. Seja o Executivo, Judiciário ou o Legislativo, sofrem do mesmo mal: Poder demais, autoridade de menos. Por esta razão, ao invés de fazer o que deveriam fazer, cada um na sua área, ficam numa queda de braço para saber quem tem mais poder. Com isto, vão perdendo cada dia mais a autoridade, isto é, o respeito do povo brasileiro.

Quem confia no Poder Judiciário Brasileiro? Poder Legislativo Brasileiro? Quem confia no Poder Executivo? Segundo a música de João Alexandre: "Homens com tanto poder e nenhum coração, homens que compram e vendem a moral da nação". Podemos confiar? Se não posso confiar, como me sentir seguro? 

Adjetivar estes poderosos é muito difícil, porque seria me utilizar de palavras de baixo calão - Não vou fazer isto! Não por falta de vontade, mas por respeito a quem está lendo. 

O que eu diria se tivesse oportunidade de estar de frente com cada um desses homens ou mulheres que hoje governam o Brasil? Acho que motivado pelo sentimento eu diria que eles me decepcionam...
Todos? Não. Creio que existe exceção... Quem? Ainda não achei. Estou procurando... Mas tá difícil, porque eles saíram do nosso meio: família, associação de moradores, cidades, estados, igrejas, etc... E quando olho para nós como sociedade de modo geral, respeitando as exceções, não é fácil encontrar alguém confiável. Que não roubaria mercadoria de um carro que tombou; que não furaria a fila de um banco; que não ficaria com dinheiro que achou, quando outro perdeu... e por aí vai...

Mas voltando aos eleitos, contratados ou comissionados. Dependemos deles no campo humano e terreno. Digo isto porque na verdade eu dependo de Deus. Mas em termos humanos dependemos de decisões que eles tomam: quando superfaturam, quando gastam sem pudor, quando brincam com a Saúde, a Educação, a Segurança; quando brincam com o presente e o futuro das pessoas (me refiro à aposentadoria); quando em nome da Justiça, são injustos; quando se aproveitam de uma pandemia para tomar decisões monocráticas irresponsáveis, para falar e só depois pensar, para onerar a nação com decisões em nome do benefício de estados e municípios. Tudo isto caro leitor, me enoja, me dá náusea.

Para piorar, vemos uma mistura perigosa que pode e já aconteceu: A Igreja e o Estado tentando andar juntos, falar a mesma língua... ISTO NÃO VAI DAR CERTO! Já vejo uma Igreja Brasileira Fragilizada, sem autoridade e vomitando poder. O que me resta? Me resta continuar confiando em Deus e pregando o Evangelho do arrependimento. Fixando meu olhar em Jesus... Que é o Caminho, a Verdade e a Vida.

Euzimar Nunes - pastor da primeira igreja Batista em Araguaína



 
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