04/08/2020 às 08h40min - Atualizada em 04/08/2020 às 08h40min
Religião: Igreja de Jesus deve andar na contramão do mundo
Foto: Convenção Batista Estamos vivendo tempos difíceis. Acredito que a Igreja está sendo desafiada a andar na contramão... Logo, a lógica não faz muito sentido para a Igreja que tem como missão, obedecer a missão que recebeu de Deus.
1. Andar na contramão é não querer a justiça que a sociedade quer. A justiça que a sociedade quer, um vence e outro perde. Parece que a vida é sempre um jogo e eu tenho sempre que ganhar. A Igreja precisa andar na contramão dessa justiça, logo temos como igreja, se preciso for, se permitir, perder para que outro ganhe. Justiça aos olhos de Deus significa: “Em tudo o que fiz, mostrei a vocês que mediante trabalho árduo devemos ajudar os fracos, lembrando as palavras do próprio Senhor Jesus, que disse: 'Há maior felicidade em dar do que em receber". (Atos 20:35)
2. Andar na contramão é aproveitar as oportunidades para ser exemplo positivo. Até penso que neste tempo de pandemia, perdemos uma boa oportunidade de ser exemplo de cooperação, solidariedade e compaixão. Todos queremos liberdade para cultuar, queremos liberdade para abrir nossos templos e reunir, não tem nada de errado nisso. Temos consciência de sermos essenciais na sociedade, mas precisamos ter a consciência da nossa essencialidade que nos diferencia de todas as demais instituições existentes no mundo. Somos espiritualmente essenciais. Isto não nos faz essenciais economicamente; saber quem somos e quem nós representamos, é o que nos diferencia das demais instituições, Exemplos:
• Podem nos proibir de reunir, mas não podem nos proibir de adorar;
• Podem nos proibir de reunir, mas não podem nos proibir de evangelizar;
• Podem nos proibir de reunir, mas não podem nos proibir de orar;
• Podem nos proibir de reunir, mas não podem nos proibir de ser crentes;
• Podem nos proibir de reunir, mas não podem nos proibir de servir;
• Podem nos proibir de reunir, mas não podem nos proibir de amar;
• Podem nos proibir de reunir, mas não podem nos proibir de SER Igreja, não dependemos de templo, não dependemos de autorização, não dependemos de decreto , não dependemos de dia, hora e local...
Por isso, perdemos oportunidades quando valorizamos o que não é essencial, no meio do essencial que é a valorização da vida humana, por quem Cristo DEU A SUA VIDA. Que oportunidade ímpar tem a igreja nesse tempo de dizer às autoridades constituídas que nós estamos prontos a ajudá-los e servi-los, mesmo que não possamos nos reunir.
3. Andar na contramão é não querer ser igual.
• Ser igual não me diferencia em nada, logo nada de diferente poderei fazer;
• Ser igual é me nivelar àqueles que eu critico e reprovo;
• Ser igual me leva a conformar com a cultura de corrupção;
• Ser igual é transformar a política num ringue, num ambiente de constante ofensas, brigas, com o desejo de sempre derrotar;
• Ser igual é depender da força física, intelectual, financeira e não depender daquele que tem todo poder nos céus e na terra, DEUS; a IGREJA não precisa ser igual a nenhuma instituição humana, pois ela é a única que representa Deus e é a única que tem verdadeiramente a mensagem que pode mudar o mundo – “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego”(Romanos 1:16).
• Ser diferente não é querer ser melhor, mas sim, fazer sempre o melhor que puder.
Finalizo minha reflexão, pedindo as bênçãos de Deus sobre a nação brasileira, sobre a Igreja estabelecida em solo brasileiro, para que tenhamos discernimento entre o certo e o errado.
Pr. Euzimar Nunes - Primeira Igreja Batista em Araguaína