06/07/2020 às 09h51min - Atualizada em 06/07/2020 às 09h51min
Liberação de praias e aglomeração de pessoas são gestos irresponsáveis de quem deveria cuidar das pessoas
Alberto Rocha
Não dá para acreditar que em tempo de pandemia do coronavírus, que ameaça a saúde pública e a vida da população, prefeituras liberem a aglomeração de pessoas em locais públicos e até mesmo a liberação de praias no Tocantins. A iniciativa lembra a perigosa brincadeira da Roleta Russa.
A atitude de prefeitos em liberar as praias nessa época de pandemia chega a ser uma irresponsabilidade que beira à insanidade mental e administrativa.
É preciso que cada um faça a sua parte, autoridades e população, pois os números preocupam. Já são mais de 12 mil casos em todo o Estado, 4.543 pessoas isoladas em casa, 220 mortes.
Parece que o alvoroço e o medo do início da pandemia caíram no esquecimento das autoridades, que preferem fechar os olhos para o risco da doença à população, em especial para a mais pobre.
O último final de semana em Palmas, por exemplo, foi um festival de irresponsabilidade e de irregularidades, com praias lotadas, venda de bebidas liberada, tudo debaixo dos olhos da prefeitura, que parece ignorar o perigo do covid-19.
Em Araguaína, a campeã da doença no Estado, chocou a notícia de que a Prefeitura liberou as praias do Garimpinho. Como assim, Prefeitura? Liberar praias nessa época de pandemia é irresponsabilidade, é insensatez, é falta de juízo, é ir de encontro a todas as recomendações impostas pelo próprio município para combater o coronavírus.