09/06/2020 às 08h12min - Atualizada em 09/06/2020 às 08h12min

Presidente da OAB tem de explicar se é ele “o compadre Gedeon” que aparece em áudio envolvendo desembargador


Foto: Divulgação 
 
As denúncias envolvendo nomes de desembargadores do Tocantins em supostos casos de corrupção são de embrulhar o estômago da sociedade e de manchar a  imagem dos desembargadores honestos do Tribunal. Os casos foram mostrados pelo Fantástico, programa da Rede Globo, no último domingo,7.

Segundo o programa, cinco desembargadores do Tocantins foram acusados de corrupção, entre eles, Ronaldo Eurípedes. 

Mas o que chamou a atenção foram outros nomes envolvidos em conversas interceptadas pela polícia e autorizadas pela justiça.

Entre os nomes citados nas conversas está uma pessoa que foi chamada de “compadre Gedeon”, que seria, de acordo a reportagem do Fantástico, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil- seccional Tocantins- Gedeon Pitaluga.

Em um áudio, um motorista do Tribunal de Justiça, Luso Aurélio, cujo salário de 14 mil reais, mostra a relação entre ele (motorista) e o desembargador Eurípedes, pivô das acusações de corrupção.
 
No aúdio, o desembargador diz:  "Luso, vai agora lá. Procura o compadre. Compadre Gedeon tá te esperando...". O motorista responde: "Compadre resolveu comigo agora há pouco. Já quinze para as cinco. Aí tá comigo aqui. Vc quer que faça o quê? Põe na Caixa ou no Sicredi? Ou passa pra alguém?", referindo-se a uma possível movimentação financeira.

De acordo a reportagem do G1 e do Fantástico,  o “compadre” seria Gedeon Pitaluga Júnior, atual presidente da OAB-Tocantins que,  segundo a reportagem, estaria sendo investigado por supostamente ser um dos advogados que participou dos ilícitos e que teria dividido o rendimento com o desembargador.

Gedeon Pitaluga, como presidente de uma das instituições mais sérias  da sociedade, a OAB, deve emitir uma nota à população e à própria categoria, explicando se ele é o “compadre Gedeon”.
 
Se o tal “compadre Gedeon” for mesmo Gedeon Pitaluga,  presidente da OAB, ele precisa explicar com clareza  em que contexto teria ocorrido a  conversa e qual a relação dele com o desembargador Ronaldo Eurípedes, acusado de vender sentenças judiciais no Tocantins.



 
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