07/01/2020 às 14h25min - Atualizada em 07/01/2020 às 14h25min
UFT volta atrás e retira cotas de mestrado para LGBTs; jornalista defende vagas e diz que não é privilégio
Alberto Rocha - Alberto Rocha
Da Redação
A Universidade Federal do Tocantins (UFT) de Porto Nacional excluiu o programa de cotas que oferecia 10% das vagas de mestrado para pessoas LGBTs. A iniciativa gerou discussões.
Um dos maiores críticos do programa de cotas para pessoas LGBTs foi o deputado federal Eli Borges (SD-TO) que chegou a dizer que procuraria a Justiça para impedir que o programa fosse adiante. Após exclusão da vagas, o deputado comemorou ao dizer que era “ o triunfo da coerência. Não é desrespeito ao LGBT, é o respeito ao ‘todos são iguais perante a lei’.
Para Wemerson Alves Lima, jornalista político, ativista pelos diretos humanos e consultor em gestão pública, as cotas para pessoas LGBTs não eram privilégio, mas um ato de reconhecimento da invisibilidade e da exclusão que o sistema imperou por muitos anos. Leia a nota enviada ao site otocantins.
“Saudamos com as mais singelas honrarias e votos de congratulações o coordenador do curso de mestrado da instituição, Universidade Federal do Tocantins (UFT) em Porto Nacional Carlos Roberto Ludwig pela brilhantíssima atitude e honrosa sensatez de incluir cotas para lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e intersexos.
Nesse primeiro momento parabenizo a UNIVERSIDADE POR RECONHECER A EXCLUSÃO DOS LGBTI’s na sociedade.
Está forma de propiciar as cotas que por obvio serão bem categóricas e seletivas em regras já expressamente elencadas no edital, saibam que não é fácil nem tão pouco simples.
Mais que isso, estamos falando de mestrado e não de ensino superior em graduação ou bacharelado.
Insta esclarecer, que isso é para mestrado em letras, precisamos de contas ou acesso igualitário todos e todas no ensino fundamental e ensino médio, nível superior e doutorado como também mestrado.
Acredito e defendo que a Educação, a saúde e a segurança pública dever ser de garantida de forma gratuita para todos e todas sem nenhuma onerosidade e sem exceções.
Desde muito cedo, os diretos da população lgbti são cerceados são tirados o acessos dos lgbti+ de poderem ingressar em uma escola pública e até mesmo nas particulares, tudo isso devido ao puro preconceito, misoginia, devidos as chacotas, as infâmias brincadeiras de discriminação dos crimes de ódio, as negligências e os desrespeitos, devido também a doutrinação evangélica que persegue dioturnamente, afirmando pecado, ser quem verdadeiramente somos ou nos tornamos, devido a Homofobia, por essas razões e outras tantas que parabenizo a UFT pela brilhante inciativa da educação restaurativa e o incentivo aos estudos, podendo propiciar contas para LGBTI’s .
Meu TOCANTINS nossa Univeridade Federal do Tocantins está no rumo certo de um futuro promissor com o foco no desenvolvimento social a inclusão dos LGBTI no orçamento da universidade pública e também do reconhecimento literal e abrangente”.
Wemerson Alves Lima.