Construções paradas da Prefeitura transformam avenida em "cemitério de obras"

13/06/2025 06h25 - Atualizado há 2 semanas

 

Ninguém começa a construir uma casa sem antes fazer um planejamento de quanto vai gastar. Essa é a regra.

Mas,  com a coisa pública  essa regra pode ser diferente. Pelo menos é o que se vê em Araguaína-TO.

Na cidade,  que é a capital da economia do Estado, é possível ver obras estruturais paradas por todo lado. Algumas delas "baixaram as portas" desde o fim das eleições municipais do ano passado. O caso é revoltante.

Como exemplo da farra de obras paradas em Araguaína estão as espalhadas pela  avenida Filadélfia, no trecho entre o Detran e o Atacadão.  Os mais críticos já apelidaram o local de "cemitério de obras".

Num espaço de menos de 1 km, a avenida Filadélfia esconde 4 obras. A primeira,  o  novo prédio da Câmara de vereadores, parada  recentemente pela própria Prefeitura, responsável pela construção. A segunda, a canalização e urbanização do córrego Baixa Funda,  primeira etapa, esquecida há cerca de um ano. A terceira, a pavimentação das ruas no residencial Camargo, feita pela metade. E, a quarta,  o badalado parque do Baixa Funda, anunciado no período  eleitoral do ano passado.

O que chama a atenção é que, juntas, estas obras  somam cerca de 64 milhões de reais.  E para piorar, logo à frente do "cemitério de obras", está o único local de lazer público destinado à população, que é o balneário Jacuba.  O lugar, abandonado, parece aprodecer ao relento, apesar de terem anunciado durante campanha eleitoral a revitalização do balneário, com investimento de 5 milhões de reais.

São  milhões de reais enterrados na lama. A situação de suposto abandono das obras  parece não incomodar os responsáveis pela aplicação do dinheiro do povo, que é despejado, sem dó,  na enxurrada da irresponsabilidade.

 

 

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