Adolescente abordado pela Guarda Municipal vegeta em cadeira de rodas; caso se arrasta por mais de dois anos e nada de resposta
14/03/2025 11h26 - Atualizado há 3 meses
Foto: Divulgação
Guarda Municipal faz concurso para ser Guarda Municipal, com funções definidas pela Constituição Federal, que é proteger bens, serviços e instalações municipais. Recentemente, o STF entendeu que a Guarda Municipal não têm poder de investigar, mas podem fazer policiamento ostensivo e comunitário, entre outras ações, respeitadas as atribuições dos demais órgãos de segurança pública.
Ainda, o protocolo policial diz que toda abordagem deve ser feita de forma profissional, respeitosa e legal, de modo a garantir a segurança de todos e os direitos dos cidadãos. Isso requer treinamento- POP- Procedimento Operacional Padrão.
O recente caso envolvendo suposta agressão da Guarda Municipal de Araguaína a um homem reacende a discussão da atuação do órgão em atividades que são típicas das polícias, especialmente da Militar ou Civil.
Vídeos, que circularam nas redes sociais, mostram um homem sendo agredido por Guardas Municipais durante uma abordagem. O homem apanha de cassetetes e leva spray de pimenta na cara durante a ação. No vídeo, uma mulher grita para os guardas pararem com a suposta agressão. O caso repercutiu negativamente entre a população de Araguaína.
Outro caso que levantou questionamentos sobre a atuação da Guarda aconteceu há dois, envolvendo o menor de idade, Ezequiel Santos, filho do humorista Garrafeiro. Na época, a Guarda Municipal, durante uma perseguição, teria jogado a viatura em cima de Ezequiel, que pilotava uma motocicleta, perto da Marginal Neblina com a avenida Castelo Branco.
Na ação da Guarda, o rapaz teve 7 costelas quebradas, clavícula fraturada e lesão na medula. Os guardas alegavam que Ezequiel era assaltante, mas foi comprovada a inocência da suposta acusação.
Familiares de Ezequiel dizem que não sabem se os guardas foram punidos ou afastados nem quando o processo será julgado. Para a família, o processo sobre o caso estaria no Ministério Público.
Já o rapaz vegeta em cima de uma cadeira de rodas, à espera de justiça.